O governador Beto Richa (PSDB) também voltou a reconhecer ontem que a forma como o pacote foi encaminhado ao Legislativo com pedido de votação em regime de urgência e comissão geral acabou acirrando os conflitos com os servidores. Concordo e sempre tive a devida humildade de reconhecer alguns erros. Mas foi um erro até involuntário. Na pressa de resolver a questão financeira do Estado sobretudo em janeiro, fevereiro – os primeiros meses, afirmou.
Nós reajustamos algumas alíquotas de impostos no final do ano, aprovado pela Assembleia, e temos que respeitar o princípio da noventena. Só podemos colocar em prática esses novos impostos reajustados depois de noventa dias. Então criou-se uma dificuldade tremenda para esse início de governo. Então nós apresentamos à Assembleia com uma certa urgência para votação, e a Assembleia não tinha ainda constituído as comissões. Então isso seria discutido pelos deputados em plenário. E daí que deu essa confusão toda. E como foram retirados os projetos, agora nós temos tempo para discutir, avaliou.
No início da reunião de ontem, Richa assinou resolução que congela o salário dele, da vice-governadora Cida Borghetti e dos secretários de Estado. A medida suspende reajuste que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro, em consequência do aumento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovado em dezembro pelo Congresso, que serve de base para o teto salarial do funcionalismo público do País. Pela Lei Estadual 15.433/2007 o salário do governador tem de ser igual ao vencimento dos ministros do STF.
Richa afirmou que a decisão vale para todo o ano de 2015. E para dar nossa contribuição e demonstração de que todos nós estamos participando desse esforço para enfrentarmos essa crise que atinge o País, explicou o governador.