SÃO PAULO, SP – Caminhoneiros ainda insistem em bloquear rodovias federais em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, apesar das ameaças da Justiça de aplicar multas de até R$ 10 mil por hora paralisada. Na manhã desta terça-feira (3) são registrados ao menos oito pontos de bloqueios nas rodovias gaúchas. No Paraná, categoria segue com protestos fora das BRs na região Oeste. Nesta manhã de terça-feira, 3, os protestos estavam às margens da BR-373, km 478, em Cororonel Vivida, BR-163, km 7, em Barracão, BR-373, km 444, em Chopinhzinho, BR-277, km 667, em Medianeira,  BR-277, km 720, em Foz do Iguaçu, BR-163, km 259, em Toledo e BR-369, km 500, em Corbélia.

Os trechos bloqueados pelos manifestantes atingem trechos das rodovias nas cidades de Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen, Três Passos, Três de Maio, São Sepé, Palmeiras das Missões, Pejuçara e Panambi. No trecho as BR-158, nas cidades de Pejuçara e Panambi, os grevistas atearam fogo em pneus para bloquear a passagem de veículos. Manifestantes também protestam, mas sem bloquear rodovias, nas cidades de Júlio de Castilhos, Bagé, Soledade, Fontoura Xavier, Rio Grande e Santa Maria.

Em Santa Catarina, por volta das 7h os grevistas bloqueavam três trechos da BR-163 nas cidades de Guaraciaba, São José do Cedro e Guarujá do Sul. Também havia um bloqueio na BR-282, em São Miguel do Oeste. Os caminhoneiros pedem redução no preço do diesel e do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho. CONFRONTO Um confronto entre manifestantes e policiais rodoviários no km 397 da rodovia BR-116, em Camaquã ( 127 km de Porto Alegre), levou ao menos seis pessoas a hospitais, no final da tarde de segunda-feira (2).

Por volta das 17h, um grupo de manifestantes parou os caminhões em um posto de combustível às margens da rodovia e tentava interceptar caminhoneiros que passavam pelo local. Parte dos comerciantes da cidade fechou as lojas em apoio à greve dos caminhoneiros.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os manifestantes jogavam pedras contra os caminhões que não aderiam ao protesto. Vários veículos tiveram para devido aos retrovisores quebrados, de acordo com a PRF. A PRF utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os manifestantes, que revidaram jogando pedras contra os policiais. Dois manifestantes foram atingidos por balas de borracha e quatro passaram mal devido ao efeito do gás lacrimogêneo. Eles foram levados a hospitais da região. Nenhum policial ficou ferido. O protesto terminou por volta das 23h30 após várias tentativas dos manifestantes de tentar bloquear a rodovia.