No dia em que era esperado que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviasse ao Supremo Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura de inquéritos contra autoridades citadas na Operação Lava Jato, o ministro Marco Aurélio Mello defendeu ontem a publicidade dos fatos. Penso que, na administração pública, a mola mestre é a publicidade. É o que viabiliza a eficiência, pelo acompanhamento da imprensa e pelo acompanhamento dos cidadãos em geral, disse, ao chegar para sessão das turmas do Supremo. O ministro fez, contudo, uma ressalva, afirmando que há casos em que a lei exige que parte do processo seja mantido em sigilo, citando como exemplo os dados referentes à quebra de sigilo bancário. O restante deve ser público até mesmo para não se imaginar coisas muito piores do que as existentes no inquérito ou no processo crime, completou
Marco Aurélio defendeu ainda o fim do foro privilegiado de políticos e autoridades. Segundo ele, esse tipo de privilégio não teria mais sentido no momento atual do País, que exige transparência.