MARIANA CARNEIRO
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A promotora Viviana Fein, responsável pela investigação da morte de Alberto Nisman, voltou a afirmar, nesta quinta (5), que ainda não chegou a uma conclusão sobre se ele foi vítima de um assassinato ou se cometeu suicídio.
Fein se defendeu das declarações da ex-mulher de Nisman, Sandra Arroyo Salgado, em uma coletiva improvisada na porta da promotoria.
Arroyo Salgado afirmou que a sua perícia identificou que o corpo de Nisman foi movido de lugar e que não havia indícios de que ele teria feito o disparo com a arma que o matou.
Fein afirmou que chegou ao apartamento de Nisman por volta de 1h30 de 19 de janeiro (uma segunda-feira), cerca de três horas depois de o corpo ter sido encontrado. Por isso não poderia se responsabilizar sobre o que pode ter ocorrido nesse intervalo.
Quando chegou, disse ela, estavam no apartamento agentes policiais, a mãe de Nisman e uma amiga, além do secretário de Segurança do governo federal, Sérgio Berni.
A promotora disse que chamará a perícia contratada pela ex-mulher para prestar informações, que serão comparadas com as feitas pela perícia oficial.
“Há uma dissidência entre os peritos, e isso não é a primeira vez que ocorre”, afirmou. “Esse tema é técnico, e nem eu nem a juíza Arroyo Salgado somos especialistas no assunto”.