SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um grupo de taxistas voltou protestar, na tarde desta sexta-feira (27), por várias regiões de São Paulo para pedir mais segurança. Esse é o terceiro ato da categoria desde a morte de um motorista de táxi, no último dia 22, na Brasilândia, na zona norte de São Paulo.
Por volta das 16h20, os taxistas estavam na avenida Brigadeiro Luiz Antonio, em direção à rua Líbero Badaró, onde fica a sede da SSP (Secretaria de Segurança Pública). Os manifestantes pretendem pedir uma reunião com representantes da pasta para discutir problemas de segurança enfrentados pela categoria.
“A falta de segurança é enorme, principalmente, para quem trabalha à noite. Você até tenta falar com policiais sobre alguma movimentação estranha durante a noite, mas eles nem se incomodam em verificar. O Brasil está largado, São Paulo está largado”, afirmou Claudio Oliveira, 43, taxista há 15 anos. Ele atualmente tem ponto fixo na frente do Hospital Sírio Libanês.
O grupo iniciou o protesto ainda no início da tarde na praça Charles Miler, no Pacaembu. No dia 23, o ato terminou na avenida Paulista e reuniu em torno de 400 taxistas, segundo o movimento. Já no dia 22, foram em torno de 50 na carreata que saiu da Freguesia do Ó até a avenida Paulista.
CRIME
Wanderley Pereira Nunes, 52, foi morto com um tiro na cabeça em uma tentativa de assalto na manhã de domingo (22) na Brasilândia. Os passageiros que estavam no carro ficaram feridos, já que o veículo bateu em um poste após o motorista ter sido baleado.
O taxista vinha da avenida Paulista com um homem e uma mulher quando foram abordados por dois homens em uma moto preta, por volta das 5h30. Segundo o relato das vítimas, um dos homens anunciou o roubo e disparou a arma antes que eles pudessem entregar seus pertences. O tiro atingiu a cabeça do taxista.
Após o tiro, o carro seguiu desgovernado até bater em um poste. Nunes foi levado ao hospital Mandaqui, mas não resistiu aos ferimentos, enquanto os passageiros foram atendidos no hospital Metropolitano.