SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos sete pessoas morreram neste sábado (28) em um suposto ataque do grupo Boko Haram contra dois vilarejos do norte da Nigéria, onde os jihadistas atiraram em cidadãos que estavam nos centros de votação em dia de eleições no país.
Os ataques ocorreram nos vilarejos de Birin Bolawa e Birin Fulani, que os terroristas invadiram com diversos veículos, segundo informaram à Agência Efe fontes da polícia.
Os agressores invadiram pelo menos dois centros de votação atirando contra os cidadãos e queimando as cédulas de voto. Depois, percorreram os vilarejos para incendiar veículos e pediram às pessoas que não saíssem de casa e não participassem das eleições.
Segundo relatos feitos por testemunhas à agência Associated Press, membros armados do grupo radical intimidaram eleitores no Estado de Gombe (nordeste da Nigéria), obrigando-os a deixar as seções eleitorais.
Neste sábado, a Comissão Nacional Eleitoral Independente da Nigéria decidiu estender até domingo (29) a votação em áreas do país nas quais os cartões biométricos dos eleitores não funcionaram. As regiões onde a votação será estendida incluem Lagos, a maior cidade nigeriana.
Os principais candidatos são o presidente Goodluck Jonathan, que disputa a reeleição, e o general Muhammadu Buhari, ex-ditador (1983-1985) que já tentou se eleger três vezes para a Presidência, sem sucesso.
As máquinas biométricas, que estão sendo usadas pela primeira vez em um pleito no país, dificultaram a votação do próprio presidente – elas não reconheceram as digitais de Goodluck Jonathan e da sua mulher.
O presidente retornou à seção eleitoral duas horas depois e votou graças à identificação visual. Ele pediu “paciência” aos eleitores.
DECAPITAÇÕES
Vinte e cinco pessoas foram decapitadas nesta sexta-feira (27) em Buratai, localidade do nordeste da Nigéria, supostamente por combatentes do grupo jihadista Boko Haram – informou um deputado.
O ataque ocorreu na tarde de sexta-feira, e os homens armados atearam fogo contra “no mínimo metade do povoado”, explicou Mohamed Adamu, deputado por Buratai, a cerca de 200 quilômetros da capital do Estado de Borno, Maiduguri.
Uma enfermeira no hospital mais próximo, em Biu, afirmou que os serviços médicos atenderam 32 feridos, que relataram que muitas pessoas foram decapitadas durante o ataque.