SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os garis de Osasco (na Grande SP) e Bauru (no interior do Estado) fecharam acordos com as prefeituras e as empresas de limpeza, e decidiram encerrar, nesta quarta-feira (1º), a greve iniciada no último dia 23. Na terça (31), as cidades da região do ABC também já tinha encerrado a paralisação.
Segundo a Femaco (federação dos trabalhadores de limpeza), os garis das duas cidades fecharam acordo de reajuste de 9,5%. A federação disse ainda que vários sindicatos estão seguindo o exemplo do ABC paulista e negociando diretamente com as empresas, sem intermediação do sindicato patronal.
Apesar do fim da paralisação em algumas cidades, a greve continua em mais de 120 cidades paulistas, segundo a categoria. Ao todo, são 14 sindicatos – todos com data-base em março – parados. Cidades como São Paulo e Campinas têm data-base em setembro e, por isso, não participam da atual negociação de reajuste.
A última reunião de conciliação realizada entre a federação e a Selur (sindicato das empresas de limpeza urbana) aconteceu nesta terça, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e terminou sem acordo. As empresas aumentaram a proposta de 7,68% para 8,5%, mas ela foi rejeitada pela categoria. Uma nova reunião acontecerá na próxima segunda (6).
Na região do ABC o acordo fechado também foi de reajuste de 9,5% sobre salários e benefícios. Foi proposto ainda que os dias parados não sejam descontados e ficou garantido o emprego de todos por 90 dias. A região era uma das mais afetadas, com acúmulo de lixo em calçadas e ruas, além de casos de escolta a caminhões de coleta por medo de piquetes.