GUSTAVO URIBE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com resistência interna a um acordo em torno da candidatura à reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT), o PMDB em São Paulo discute o apoio formal ao governo Geraldo Alckmin (PSDB).
O partido, que lançou candidatura adversária ao tucano na eleição do ano passado, informou ao governo estadual que pretende compor com a base governista na Assembleia Legislativa de São Paulo e está disposto a aumentar sua participação na administração paulista.
Atualmente, o peemedebista Alexandre de Moraes comanda a Secretaria de Segurança Pública, mas a escolha não fez parte da cota partidária, e sim da cota pessoal do governador.
No começo deste mês, o líder do PMDB na Assembleia Legislativa de São Paulo, Jorge Caruso, reuniu-se com o secretário estadual da Casa Civil, Edson Aparecido.
Segundo a reportagem apurou, no encontro, que teve a participação também do deputado estadual Itamar Borges (PMDB-SP), foi feita a avaliação de que a situação do PT na prefeitura de São Paulo é de “muita dificuldade”.
Uma nova reunião é esperada para os próximos dias.
A operação que levou o ex-deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) ao comando da Secretaria da Educação, e que deve lançá-lo como vice do prefeito na disputa do ano que vem, vem sendo criticada por alguns dirigentes do partido.
Na avaliação deles, o vice-presidente Michel Temer deveria ter consultado as lideranças da legenda em São Paulo antes de ter fechado o acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a última pesquisa Datafolha, realizada em fevereiro, 44% avaliam a gestão do petista como ruim ou péssima.
PSDB
No comando do governo estadual, Geraldo Alckmin terá como desafio no ano que vem pacificar as diferentes alas do partido para a escolha do candidato tucano, bem como ajudar na articulação de apoios.
No PSDB, os mais cotados atualmente para o posto são o vereador Andrea Matarazzo e o deputado federal Bruno Covas.
Pela primeira vez desde 1996, nem Geraldo Alckmin nem José Serra devem disputar o cargo.
No Estado, a expectativa da legenda é aumentar no ano que vem o número atual de prefeituras controladas pelo partido, cerca de 200.
Para isso, o governador tem apoiado o nome do ex-deputado federal Emanuel Fernandes, que já ocupou a Secretaria de Planejamento, para a presidência estadual do PSDB em São Paulo, em eleição marcada para junho.