FELIPE SOUZA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cerca de 20 professores estaduais paulistas em greve hostilizaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na manhã desta segunda-feira (4).
Com faixas, cartazes e gritando “negocia”, o grupo cercou o carro do governador quando ele deixava um evento em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo.
Identificados com camisetas e bandeiras da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), os manifestantes ainda jogaram panfletos no carro onde Alckmin estava.
O grupo ainda entrou na frente do carro do governador para tentar impedir a passagem do veículo, mas foi contido por seguranças. No dia 13 de abril, Alckmin também foi alvo dos grevistas na primeira agenda pública após a morte do filho Thomaz.
Antes do protesto, Alckmin disse em coletiva de imprensa que conversa com os grevistas. “Quero destacar nosso permanente dialogo permanente, aberto, com todos os professores e diretores. Nos últimos quatro anos, nós tivemos aumento nominal de 45% e aumento real de 21%”, afirmou.
O governador disse ainda que vai aumentar o número de professores efetivos na rede estadual na próxima semana. “Vamos chamar agora no dia 11 de maio mais 6.350 professores concursados para o ciclo 1.”
PARALISAÇÃO
Os docentes paulistas entraram em greve no dia 16 de março e pedem um reajuste salarial de 75,33%, melhores condições de trabalho e o fim do fechamento de classes.
Segundo o sindicato, o percentual de aumento visa a equiparação com as demais categorias com formação de nível superior – o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.