A marcha dos servidores estaduais chegou a pouco no Centro Cívico. Os manifestantes se concentam na Praça Nossa Senhora de Salete, mesmo local onde aconteceu o confronto com a polícia no dia 29 de abril. O trânsito na região segue complicado, com ruas bloqueadas e linhas de ônibus sendo desviadas.

Os manifestantes aguardam a sessão de hoje na Assembleia Legislativa pois ela pode ser decisiva para o futuro da greve. Alguns manifestantes se concentram também na frente do prédio da prefeitura de Curitiba, próximo a Assembleia Legislativa.

Por causa da marcha de manifestantes ao Centro Cívico, ônibus de diversas linhas que cruzam ou param no centro da cidade têm atrasos de horários. Durante a movimentação, várias dessas linhas estão paradas até a passagem dos manifestantes, ou têm trajetos temporariamente alterados – o que provoca esses atrasos.

Depois da passagem dos manifestantes pela Rua Cruz Machado e Avenida Marechal Floriano, em direção ao Centro Cívico, trânsito nas duas vias já é normal em toda a região, e ônibus também já retornam aos pontos centrais, na Praça Tiradentes.

Todas as ruas no entorno do Centro Cívico têm congestionamentos ou lentidão, como as ruas Mateus Leme, Aristides Teixeira, Lysímaco Ferreira da Costa, Doutor Roberto Barrozo e Deputado Mário de Barros. Evite a região, por causa da manifestação em frente ao Palácio Iguaçu.

A manifestação dos servidores públicos estaduais é  mais um ato de protesto contra o governador Beto Richa (PSBD). A estimativa é de reunir cerca de 30 mil trabalhadores em Curitiba e mobilizar 100 mil em todo o Estado. A maioria dos manifestantes deve ser de professores e de funcionários de escolas e universidades estaduais, que estão em greve desde o dia 25 de abril. 

Os manifestantes vão se dividir em dois grupos: servidores de Curitiba e Região Metropolitana se reúnem na praça Rui Barbosa. Já os vindos do interior se encontram na praça Santos Andrade, ambas na região central da capital paranaense. Também estão programados outros protestos em cidades do interior.

Entre muitas reivindicações, a principal é pressionar o governo pelo aumento no reajuste de salário. A administração estadual já afirmou que o salário terá acréscimo de 5% e será pago em duas parcelas, sem mais nenhuma negociação. A categoria, no entanto, ainda exige 8,17%.

Ainda não há previsão de data para o fim de greve nas escolas e universidades estaduais. Nesta terça-feira, 19, somam 25 dias de paralisação. Mais de um milhão de alunos continuam sem aulas.

 

O estopim da greve foi um projeto de lei que alterou a gestão dos recursos da previdência estadual. O texto foi aprovado pelos deputados e sancionado pelo governador.

Durante a votação do projeto na Assembleia Legislativa (Alep), em 29 de abril, policiais militares e manifestantes entraram em confronto na praça Nossa Senhora de Salete, em frente à Casa. Mais de 200 pessoas ficaram feridas.