ISABEL VERSIANI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O país registrou em abril um deficit de US$ 6,9 bilhões em suas transações com o exterior. No ano, o saldo está negativo em US$ 32,5 bilhões.
Na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado, houve recuo de 12,4% no deficit das chamadas transações correntes, em meio a uma redução da demanda do país por bens e serviços importados.
De janeiro a abril de 2014, as contas externas haviam sido deficitárias em US$ 37,1 bilhões.
De lá para cá, o deficit da conta de serviços caiu de US$ 14,6 bilhões para US$ 13,8 bilhões na comparação do quadrimestre, assim como o deficit do fluxo de juros e lucros remetidos pelas empresas ao exterior -de US$ 16,7 bilhões para US$ 13,4 bilhões.
As despesas dos brasileiros com viagens internacionais caíram 16% este ano, para US$ 6,9 bilhões.
O rombo nas contas externas está bem abaixo do fluxo de investimentos feitos no setor produtivo, o que deixa o país mais dependente de recursos considerados mais voláteis, como aplicações em títulos e ações.
Nos primeiro quatro meses do ano, o investimento estrangeiro direto somou US$ 18,9 bilhões, contra US$ 29, 7 bilhões no mesmo período de 2014.
Os dados da contas externas passaram a ser calculados com base em uma nova metodologia desde o mês passado. Por ora, a série histórica foi revisada apenas até janeiro de 2012, o que inviabiliza comparação com períodos anteriores.
O BC prevê que as transações correntes fecharão o ano com deficit de US$ 84 bilhões, depois de um rombo de US$ 104,8 bilhões em 2014.