O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, negou nesta sexta-feira (29), em entrevista coletiva na sede da entidade, no Rio de Janeiro, que tivesse conhecimento de propinas nos contratos da CBF. Ele também negou ter assinado algum deles durante a administração do ex-presidente da entidade José Maria Marin.

 Nenhuma participação, nenhum contrato eu assinei na administração do presidente José Maria Marin, garantiu Del Nero, completando que a função dele, como vice-presidente da CBF, enquanto Marin estava no comando da entidade, era seguir as orientações da presidência.

O dirigente informou que os contratos vão ser analisados, mas disse que de antemão não se pode afirmar que os documentos não estejam corretos e, por isso, precisam ser revistos: A conclusão à que a diretoria chegou é a seguinte e eu apoio: nós temos que analisar todos os contratos.

O presidente acrescentou que a entidade atravessa um momento difícil por causa do envolvimento de José Maria Marin nas acusações de recebimento de propinas em contratos da CBF. Marin foi preso na Suíça, na última quarta-feira (27), antes do Congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que hoje (29) reelegeu o Joseph Blatter para o quinto mandato seguido de quatro anos na presidência da entidade.

De acordo com Del Nero, esse foi o motivo que o fez voltar de Zurique, na Suíça, onde participava da reunião da Fifa. Para poder informar de forma positiva e correta e dar as explicações necessárias não só às autoridades como também à imprensa do nosso Brasil, completou.

Del Nero não acredita que a saída antecipada da reunião em Zurique tenha prejudicado a imagem do futebol brasileiro e da CBF. Eu conversei com o presidente da Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol] e informei a necessidade de retornar ao país para dar uma satisfação e para comandar as explicações necessárias, seja no Ministério da Justiça, na Polícia Federal ou na Procuradoria Federal.