Grande parte dos moradores de rua parece ter claro conhecimento dos serviços oferecidos pelos albergues e sabem que em função de normas e regras não estão disponíveis para todos os que os procuram. Muitos deles nunca procuraram albergues e mencionam várias razões como justificativa. Uma das maiores restrições, apontadas por eles, se refere ao horário estipulado, tanto de entrada como principalmente o de saída e da proibição do uso de bebida alcoólica e de drogas.

A FAS tem em Curitiba sete unidades de acolhimento institucional oficiais – até 2013 não existia nenhuma e outras seis conveniadas, número que oportuniza mais de 820 vagas de albergagem diariamente – número ampliado durante a Operação Inverno. Além disso, conta também com seis Centros Pop que oferecem serviços aos moradores de rua, geralmente em horário comercial, como alimentação, banho, até a emissão de novos documentos e encaminhamento para empregos.

Há duas unidades do Centro Pop localizadas no centro de Curitiba, um no bairro Portão, um no Boqueirão e dois no Rebouças. Ainda, segundo a assessoria de imprensa da FAS, o número de vagas que hoje existe, nessas unidades e centros de atendimentos, é 52% maior do que em 2012.


Rápida

Pioneira

Curitiba foi uma das primeiras cidades do país a assinar a Política Nacional para a População em Situação de Rua, em 2013, e desde então tem lançado diversas iniciativas para o atendimento deste público. No ano passado, por exemplo, com o intuito de prestar um atendimento mais humanizado e individualizado, a Central de Resgate Social que funcionava no centro da cidade há mais de 20 anos, foi fechada. O local não possuía condições adequadas para o atendimento da população e os quartos para o acolhimento eram muitas vezes divididos por mais de 20 pessoas. Em contrapartida, a Prefeitura lançou outras sete unidades, além de manter o número de vagas da Central de Resgate em um novo convênio, que atendem diferentes públicos em espaços adequados para o trabalho de atendimento social.