RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio concluiu o inquérito que investigava a morte do capitão Uanderson da Silva, 34, da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Nova Brasília, em 11 de setembro de 2014. Relatório que será encaminhado ao Ministério Público estadual mostra que o tiro que matou o capitão partiu do fuzil do soldado Diogo Zilves, 32. Os policiais da Divisão de Homicídios chegaram a essa conclusão após depoimentos de testemunhas e laudos de peritos. Naquela tarde, há pouco mais de um ano, uma fila de seis policiais era puxada pelo capitão Uanderson da Silva. Eles percorriam o beco da favela atrás de traficantes de drogas. O soldado Zilves era o segundo nesta fila no momento em que teve início a troca de tiros com criminosos. Zilves disparou 26 vezes com o seu fuzil. Um dos tiros acertou o capitão. O disparo entrou por sua axila esquerda e saiu no peito do comandante da patrulha. A conclusão é de que a morte foi acidental, por imperícia, e, por isso, o soldado não será indiciado pela morte do policial. A operação que resultou na morte do capitão foi montada para resgatar um grupo de PMs que estavam encurralados por traficantes. Inauguradas em 2012, as UPPs localizadas no Complexo do Alemão enfrentam confrontos constantes com traficantes de drogas que voltaram à região.