MARTHA ALVES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quatro servidores da Fundação Casa Pirituba, zona norte de São Paulo, foram mantidos reféns durante uma rebelião, na noite de quinta-feira (8). Esta foi a segunda rebelião ocorrida em menos de uma semana em uma das unidades da instituição. Desta vez, 53 internos do módulo 1 da unidade renderam funcionários quando era levados aos dormitórios, por volta das 21h30. Em seguida, teve início uma rebelião na unidade, que durou aproximadamente quatro horas. Durante a rebelião, os adolescentes incendiaram colchões e madeiras. Os bombeiros foram acionados para apagar o fogo. Após negociações, os internos liberaram os reféns sem ferimentos por volta da 1h30 desta sexta-feira (9). Não houve funcionários nem jovens feridos. Segundo a Fundação Casa, os 30 adolescentes do módulo 2 não participaram da rebelião. A Fundação Casa informou que a Corregedoria-Geral vai instaurar uma sindicância para apurar a fuga dos internos. O Judiciário e familiares dos adolescentes foram informados. Segundo a instituição, uma CAD (Comissão de Avaliação Disciplinar) irá analisar as sanções disciplinares a serem aplicadas nos jovens recapturados. A Fundação Casa ainda não sabe informar o que teria motivado a rebelião. A unidade Pirituba atende 83 internos e operava dentro da capacidade, segundo a instituição. OUTRA REBELIÃO No último domingo (4), ao menos 39 adolescentes fugiram da unidade da Fundação Casa, em Lorena (a 198 km de São Paulo), no Vale do Paraíba. Segundo a Polícia Militar, houve uma rebelião antes da fuga dos internos. Os bombeiros também foram acionados para combater um incêndio no local, de acordo com a polícia. Não houve feridos. As circunstâncias da fuga e a rebelião não foram informadas pela instituição. A unidade Lorena atendia 64 adolescentes e operava dentro da capacidade, segundo a Fundação Casa. FUGAS Ao menos cinco fugas foram registradas em unidades da Fundação Casa, na Grande São Paulo, no mês de setembro. No total, 117 adolescentes fugiram da instituição. Na fuga dos adolescentes no dia 21 de setembro, quatro servidores da unidade Guaianazes, na zona leste de São Paulo, ficaram feridos. À época, instituição informou que não ocorreu rebelião na unidade.