SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após um diretor seu dizer que o país poderia deixar de participar dos Jogos do Rio, o Comitê Olímpico do Quênia publicou comunicado na tarde desta terça-feira (9) dizendo que “ainda não tomou uma decisão específica” sobre o problema com o vírus da zika.
Além disso, o chefe da equipe olímpica do país, Stephen Arap Soi, negou qualquer ameaça de boicote ao evento. “Está muito cedo”, disse. “Nós garantimos que estamos nos preparando para ir ao Rio como planejado”. O evento começará em menos de seis meses -vai de 5 a 21 de agosto.
Mais cedo nesta terça, outro diretor do comitê queniano, Kipchoge Keino, relatou a delegação nacional poderia descartar a viagem ao Brasil devido à proliferação dos casos do zika.
“Se o vírus atingir níveis epidêmicos, não vamos correr risco. Não vamos expor os nossos jovens. A saúde de nossos atletas é mais importante do que os Jogos”, disse Keino.
A afirmação foi frontalmente negada por Soi, que também defendeu que as falas do companheiro foram publicadas fora de contexto.
“Primeiro, nós obtemos atualizações regulares dos organizadores do Rio e do COI [Comitê Olímpico Internacional] sobre a situação no Brasil”, disse Soi. “Se existe um aumento de uma doença causada por mosquitos, nós temos os mesmos problemas com mosquitos aqui.”
“Em segundo lugar, o COI é dono dos Jogos Olímpicos e é ele quem aconselha os membros dos Comitê Olímpicos Nacionais se atletas devem ser enviados ao evento e, até agora, não recebemos nenhuma recomendação de não viajar ao Rio”, complementou Soi.