SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Secretaria de Relações Exteriores de México aprovou nesta sexta (20) a extradição do chefe do narcotráfico Joaquín “El Chapo” Guzmán para os EUA. Como, porém, ainda há possibilidade de apelação, pode levar semanas ou meses antes que o líder do cartel de Sinaloa seja enviado aos EUA, onde é buscado em múltiplas juridições sob acusações relacionadas ao tráfico de drogas e ao crime organizado.

Os advogados de Guzmán agora têm 30 dias para apelar contra a decisão. Em um comunicado, a chancelaria afirmou que os EUA forneceram “garantias adequadas” de que Guzmán não será sentenciado à pena de morte.

O México aboliu a pena capital e não extradita seus cidadãos se há possibilidade de execução. A decisão desta sexta se refere a um pedido de extradição apresentado por uma corte federal do Texas federal por acusações de conspiração para importar e distribuir cocaína e maconha, lavagem de dinheiro, posse de armas e assassinato, e a outro pedido de uma corte federal na Califórnia. No total, Guzmán enfrenta acusações de seis promotorias federais americanas, incluindo Chicago, Nova York, Miami e San Diego.

No início desta semana, José Refugio Rodríguez, um dos advogados de Guzmán, disse que apresentariam uma injunção se o governo mexicano aprovasse a extradição. “Faremos isso, mas não imediatamente, porque é um processo que tem de ser feito com argumentos”, disse. “Temos 30 dias.” Guzmán foi preso em janeiro depois de seis meses foragido depois de escapar de uma prisão de segurança máxima por meio de um túnel sob o piso do seu chuveiro.

Ele já havia escapado antes, em 2001, e passado mais de uma década como um dos fugitivos mais procurados até sua recaptura em 2014.