As atividades de monitoramento do comportamento e da saúde das tartarugas marinhas juvenis do litoral paranaense serão intensificadas, entre o final do mês de maio e o mês de junho. A atividade faz parte do Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha, o REBIMAR, uma iniciativa da Associação MarBrasil, e que será realizada em conjunto com o Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

As ações consistem em capturas intencionais de tartarugas-verde (Chelonia mydas) que serão avaliadas quanto à sua condição de saúde e marcadas com anilhas e sensores de rastreamento por satélite. Pela primeira vez no Brasil estes equipamentos serão instalados na carapaça de animais desta espécie, gerando resultados inéditos quanto ao padrão de migração e uso da área.

Resultados
A equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR, fará a análise de parâmetros sanguíneos e da presença de doenças nos animais capturados. Estas informações refletem a qualidade ambiental do litoral e de toda a costa brasileiras. A ação terá o apoio e supervisão de veterinários do Projeto TAMAR e especialistas em tartarugas marinhas, em uma embarcação onde funcionará um hospital-veterinário para o atendimento dos animais. De acordo com a bióloga Camila Domit, o Paraná integra o corredor migratório do Oceano Atlântico Sul Ocidental para diversas espécies ameaçadas e migratórias. Entre estas espécies estão as tartarugas marinhas, sendo a tartaruga-verde a mais frequente. A região é uma das principais áreas de alimentação para os juvenis desta espécie que, devido a sua dieta, se concentram em ambientes costeiros onde as atividades humanas (pescaria, portos e áreas urbanas) são intensas, relata Camila.

IBAMA apreende camarão pescado durante o defeso
O Ibama do Paraná apreendeu na última semana 200 quilos de camarão sem origem legal comprovada. A carga, interceptada no município de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, era proveniente do litoral do Paraná e teria como destino o abastecimento clandestino na capital do estado. O IBAMA alerta que, além do pagamento de multa, os infratores estão sujeitos a processo administrativo e criminal, por terem obtido os camarões em época proibida.

Operação Decápoda
A ação integra a Operação Decápoda que desde o início do período de Defeso, no dia 01 de março, promoveu ações de fiscalização para coibir a pesca predatória. Ao todo, o IBAMA apreendeu cerca de quatro toneladas de pescado ilegal, além de equipamentos como barco e apetrechos de pesca industrial. Para a realização dessas ações, o Ibama conta com a parceira de órgãos como a Marinha, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. A operação: o nome decápoda vem da ordem dos crustáceos com dez patas, à qual pertencem os camarões, as lagostas e os caranguejos. As vistorias são feitas a partir do trabalho de inteligência do Ibama, auxiliado por denúncias anônimas e pelo monitoramento das empresas que atuam no setor.

Período de defeso
Até o dia 31 de maio está em vigor o chamado período de defeso, durante o qual encontra-se vedada a pesca de arrasto com tração motorizada, no litoral das regiões Sul e Sudeste. O objetivo é proteger os camarões das espécies rosa, sete-barbas, branco, barba russa e vermelho, permitindo a reprodução desses crustáceos. Essa interdição auxilia a manutenção dos estoques pesqueiros e o desenvolvimento de uma pesca ambientalmente sustentável.

Viva a Mata Atlântica
A Organização Não Governamental SOS Mata Atlântica lançou, no último dia 19 de maio, o Viva a Mata 2016. O evento, em comemoração ao Dia da Mata Atlântica, comemorado no dia 27 de maio, reuniu secretários de meio ambiente e representantes de 17 estados e contou a com a presença do ministro José Sarney Filho.

Paraná vai incentivar Planos Municipais da Mata Atlântica
O Governo do Paraná assinou, durante o Viva a Mata 2016, convênio com a SOS Mata Atlântica para oferecer capacitação e orientação técnica aos municípios interessados em desenvolver seus Planos Municipais de Conservação e Preservação da Mata Atlântica. O Plano Municipal da Mata Atlântica é um documento que define estratégias e ações de preservação da cobertura natural que resta no território dos municípios e, também, de recuperação ambiental e manejo. No Paraná, todos os 399 municípios estão inseridos na área do bioma Mata Atlântica. A Lei da Mata Atlântica (11.428/2006) possibilita aos municípios inseridos no bioma atuarem proativamente para sua proteção e recuperação.