SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O volume de recursos no Tesouro Direto, em maio, chegou a R$ 31,7 bilhões, aumento de 3,7% em relação a abril (R$ 30,5 bilhões) e de 84,4% na comparação com maio de 2015 (R$ 17,2 bilhões). Os números foram divulgados nesta sexta (24) pelo Ministério da Fazenda. O Tesouro Direto é um programa de negociação de títulos públicos para pessoas físicas por meio da internet. As informações são da Agência Brasil.
Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume, alcançando 61,6%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à Selic (taxa básica de juros), com participação de 20,5% e os títulos prefixados (que têm a rentabilidade conhecida no momento da aplicação) com 17,9%.
Em relação à composição do estoque por prazo, os números mostram que 10,9% dos títulos vencem em até um ano. A maior parte, 58,0%, é composta por títulos com vencimento entre um e cinco anos. Os títulos com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 14,2% do total, e os com vencimento acima de dez anos, a 16,9%, informou o Tesouro Nacional.
Em maio, as vendas do Tesouro Direto atingiram R$ 1,4 bilhão. Já os resgates totalizaram R$ 638,2 milhões, sendo R$ 597,1 milhões relativos a recompras e R$ 41,1 milhões relativos a vencimentos ocorridos em maio.
Os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) -Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais-, cuja participação nas vendas atingiu 62,3%. Os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) corresponderam a 12,4% do total e os indexados à taxa básica de juros Selic (Tesouro Selic), a 25,3%.
Em relação ao prazo de emissão, 26,1% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimentos acima de dez anos. As vendas de títulos com prazo entre cinco e dez anos representaram 11,8% e as com prazo entre um a cinco anos, 62,1% do total.
A utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, o que correspondeu a 69,8% das vendas ocorridas no mês. O valor médio por operação, neste mês, foi de R$ 11.248,07, e foram realizadas 127.443 operações de venda. Com a alta dos juros, outras aplicações têm se tornado mais atrativas que a poupança, que tem perdido rentabilidade ante a inflação.
O número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu 768.617, o que representa aumento de 51,2% nos últimos doze meses. O total de investidores ativos (que efetivamente possuem aplicações) chegou a 294.386, uma variação de 91,6% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 10.509 novos investidores ativos.