SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Vunesp, fundação responsável pelo vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista), divulgou nesta quinta-feira (14) a lista (http://www.vunesp.com.br/vnsp1609/VNSP1609_306_038433.pdf) com os nomes dos 360 estudantes aprovados no vestibular do meio do ano. O candidato convocado deverá obrigatoriamente realizar a matrícula on-line até as 16h (horário de Brasília) desta sexta-feira (15). As orientações e procedimentos podem ser consultados no manual do candidato. As demais listas de aprovados serão divulgadas nos dias 18, 21, 25 e 28 deste mês no site da Vunesp (http://www.vunesp.com.br/). Ao todo, 13.762 candidatos se inscreveram para participar do exame. Na última segunda (11), a Vunesp divulgou a classificação geral do vestibular, no qual os candidatos tiveram que confirmar seu interesse pela vaga até as 16h (horário de Brasília) do dia 12. Este ano, a instituição oferece 360 vagas para nove cursos de graduação em cinco cidades de São Paulo. Das vagas ofertadas, 35% (126) são pelo Sistema de Reserva de Vagas para a Educação Básica Pública, que destina vagas a alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública. Com início em agosto, os candidatos disputam vagas para os cursos de engenharia de produção (Bauru), engenharias agronômica, civil, elétrica e mecânica (Ilha Solteira), engenharia agronômica (Registro), engenharia aeronáutica (São João da Boa Vista), engenharias ambiental e de controle e automação (Sorocaba). PRIMEIRA FASE A primeira fase do vestibular do meio de ano da Unesp foi aplicada no dia 15 de maio e teve 9,8% de abstenção: 1.353 candidatos dos 13.763 inscritos não compareceram. No vestibular 2015, o índice foi de 10,2%. A prova foi composta por 90 questões de múltipla escolha divididas igualmente em três áreas: “linguagens e códigos” (que engloba língua portuguesa, literatura, língua inglesa, educação física e arte), “ciências humanas” (história, geografia e filosofia) e “ciências da natureza e matemática” (biologia, física, matemática e química). Professores de cursos pré-vestibular consultados pela Folha de S.Paulo classificaram a prova como concisa e bem contextualizada. Para Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, em Campinas, foi uma prova no “padrão da Unesp”, bem estruturada e com boa contextualização na maior parte das questões. Já para a representante do cursinho Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, as questões tiveram alternativas curtas, “o que não acontece na prova do fim do ano”. Para a professora, a prova teve um nível de dificuldade médio. “A (matéria) mais difícil foi história e as mais fáceis, física e geografia”. SEGUNDA FASE A segunda fase do vestibular foi realizada nos dias 11 e 12 de junho. No primeiro dia, os estudantes responderam questões das áreas de ciências da natureza, matemática e ciências humanas. No segundo dia, as questões foram de linguagens e códigos, além de uma redação. Professores de cursinhos pré-vestibulares avaliaram que as provas tiveram dificuldade média. As questões, explicaram, trataram de temas tradicionais em disciplinas como física e mais modernos em história.”Biologia e química tiveram questões tradicionais, envolvendo química orgânica e genética. O aluno que se preparou foi bem”, explica Vera Lucia Costa Antunes, coordenadora pedagógica do Objetivo. “Já em história os temas eram modernos. Havia uma questão sobre como o capitalismo influencia nos problemas atuais da África. Normalmente, perguntas sobre temas africanos falam do colonialismo”, explica Vera. “Talvez o aluno tenha se surpreendido com questões de gramática, nem tanto como literatura”, disse Célio Pasinafo, coordenador do cursinho Oficina do Estudante. Uma delas pedia que o candidato identificasse os referentes em alguns pronomes de “Memórias de um Sargento de Milícias”. Já a redação tratou do conceito de família a partir de textos que falavam do projeto de lei que cria o Estatuto da Família. “Esse tema exige que o candidato tome uma posição. Ele pode ser mais conservador e ter uma conceito de família mais restrito, mas não acredito que a Unesp vá levar isso em conta. Acredito que ela vá avaliar como o candidato escreve e não a posição pessoal dele”, disse Vera, do Objetivo.