MAURÍCIO MEIRELES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em debate pouco inspirado na tarde desta terça-feira (30), na Bienal do Livro de São Paulo, a youtuber Jout Jout defendeu o humor como forma de fazer o feminismo chegar a mais pessoas.
Ela participou de uma mesa com colaboradoras da “Capitolina”, revista feminista on-line voltada para adolescentes: Juia Oliveira, Clara Browne e Duds Saldanha.
“Eu não trouxe novidades [sobre o feminismo] para o mundo. Só falei um troço que você já sabe, mas de um jeito mais simples. Na internet o troço tem que ser gostosinho”, afirmou Jout Jout.
A youtuber, estrela da mesa, na verdade falou pouco e quase não deu mostras de seu afiado senso de humor.
Em sua defesa, vale destacar que Jout Jout era interrompida com frequência pela mediadora, Juia Oliveira, que acabou monopolizando o debate em parte importante do tempo.
As quatro contaram a história de sua relação com o feminismo. O ponto interessante do debate foi a autocrítica do grupo, quando questionado por alguém da plateia sobre como uma mulher deve agir se vive em uma família machista.
Jout Jout lembrou um vídeo em que defendia que toda mulher, quando assediada, deveria fazer “um escândalo”.
“Recebi mensagens de pessoas dizendo: ‘Jout Jout, se eu fizer escândalo eu vou tomar um tiro. Não é assim para todo mundo, presta atenção'”, contou a youtuber.
Jout Jout -que ultimamente estampou uma campanha publicitária do YouTube espalhada pela cidade- ainda convocou as mulheres a produzirem conteúdo para a plataforma de vídeo.
“Menos de 30% dos criadores de conteúdo são mulheres”, afirmou.
Para combater o problema, elas sugeriram que as produtoras de conteúdo divulguem o trabalho umas das outras.