Depois de 22 dias de greve forte da categoria bancária, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação, nesta terça-feira (27), em São Paulo, com uma proposta de novo modelo de acordo, com validade de dois anos (2016 e 2017). O Comando Nacional dos Bancários reafirmou que a proposta deverá contemplar emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades e segurança. A Fenaban vai se reunir com os bancos nesta quarta-feira (28) pela manhã, e as negociações com o Comando Nacional serão retomadas às 15 horas.

O Comando Nacional cobra que a proposta deve ter ganhos para categoria. Nossa orientação é que a greve continue forte em todo o País. Somente com a nossa mobilização vamos conquistar um acordo que atenda às demandas da categoria, ressaltou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.

Em seu site, a Fenaban reforça que a oferta de 7% de reajuste e abono de R$ 3,3 mil é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa, mas que o reajuste será aplicado também à participação nos lucros e resultados (PLR) paga pelos bancos aos funcionário. A antecipação parcial da PLR será paga em dez dias após a assinatura do acordo.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial — no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) —, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.