ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O futuro secretário municipal da Saúde na gestão do prefeito eleito João Doria (PSDB), Wilson Pollara, afirmou nesta quinta-feira (27) que vai adotar uma prática parecida com o “overbooking”, com objetivo de diminuir a fila de mais de 400 mil pessoas que aguardam exames.
O “overbooking” ocorre quando as companhias aéreas vendem mais passagens do que o número de assentos disponíveis na aeronave. No sistema de saúde, o procedimento consiste na marcação de mais exames, contando com o percentual de pessoas que faltarão ao compromisso.
“Temos de 25% a 30% de absenteísmo nas agendas. Isso significa que você marcou um exame para daqui três, quatro meses e a pessoa não esperou”, disse. “Se nós fizermos tipo um ‘overbooking’, colocar mais 20% nas agendas, como o avião que faz o ‘overbooking’, nós podemos perfeitamente absorver isso em muito pouco tempo”.
Pollara afirmou que, no caso de mais pessoas comparecem ao exame, todas serão atendidas. “Se forem duas pessoas ao mesmo tempo, vamos atender. Aí nós pagaremos o excesso.”
Ele afirmou que a gestão também fará um pente-fino nas pessoas que aguardam exames para saber quem ainda realmente precisa deles.
Doria prometeu fazer o “Corujão da Saúde”, utilizando a rede particular para suprir o déficit de exames em horários que têm capacidade ociosa.
Pollara afirmou que o programa deve ser implantado “rapidamente”. “O prefeito me pediu para que no dia 2 de janeiro já tenhamos toda a rede acessória, que vai ser somada à que já temos hoje”, disse.