No Brasil, grande parte das pessoas foram educadas a aplicar seu dinheiro na caderneta de poupança. A modalidade é segura, não cobra taxas mensais e é isenta de Imposto de Renda.

Em 2016, a caderneta esboçou uma reação positiva. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento foi de 8,3%, enquanto a inflação máxima foi de 6,29%. Isso significa rentabilidade real de aproximadamente 1,9%, fato que não acontecia desde 2009. Todavia, este cenário ainda não torna a poupança uma boa alternativa de investimento.

De acordo com o Banco Central, no último ano, a diferença de retiradas em relação aos depósitos somou cerca de R$ 40,7 bilhões de reais. Esse valor só perde para os valores de 2015, que totalizaram R$ 53,5 bilhões. Esses dois números lideram o ranking de piores resultados dos últimos 21 anos.

Mesmo fechando o ano com resultado positivo, o rendimento poupança ainda é baixo em relação a outras opções do mercado.

Enquanto caderneta de poupança sofreu retiradas expressivas em 2016, outra modalidade de aplicação em renda fixa bateu recordes de inscritos. Simples e seguro, o Tesouro Direto é um programa de investimentos que tem caído no gosto dos brasileiros.

A modalidade é, basicamente, a negociação de títulos públicos federais. Ou seja, o investidor de certa forma empresta dinheiro ao governo, que devolve o valor corrigido após certo prazo. As chances do governo não conseguir pagar os compradores dos títulos é quase nula, porque o valor é irrisório em relação à dívida pública. Por isso, esse programa é considerado muito seguro.

No final de 2016 já haviam mais de um milhão investidores inscritos nessa modalidade. Entre os fatores que contribuem para o aumento da popularidade do Tesouro Direto estão segurança, facilidade, boa rentabilidade e aporte inicial baixo, já que com apenas R$ 30 é possível começar a investir.