ARTUR RODRIGUES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O movimento Passe Livre fez seu segundo protesto na noite desta quinta-feira (19) contra a tentativa das gestões tucanas de Geraldo Alckmin e João Doria de aumentar a integração entre ônibus e trilhos. O ato, com público acanhado, terminou sem confusão. O governo Alckmin já sofreu sucessivas derrotas na Justiça vetando o aumento da integração entre coletivos e metrô ou CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), mas os militantes afirmam protestar também contra a ameaça de aumento da tarifa unitária de R$ 3,80 para R$ 4,05. Doria prometeu que não aumentaria a tarifa, mas Alckmin afirmou, em recurso à Justiça, que poderia aumentar o bilhete unitário caso a integração não fosse reajustada. Debaixo de chuva, o protesto de pequenas dimensões saiu da estação da Luz e seguiu rumo ao viaduto do Chá, onde fica a sede da prefeitura. A PM não deu estimativa de público. O objetivo do movimento era entregar o troféu Catraca na categoria “aumento inovador”. No último dia 12, os ativistas tentaram ir até a casa de Doria, mas foram barrados pela Polícia Militar -na ocasião, houve quebra-quebra nos Jardins depois do fim do ato. Nesta quinta, com chuva, a PM seguiu de perto os manifestantes. No entanto, até o fim do ato não houve nenhum incidente. Em frente à prefeitura, os manifestantes afirmaram ter ido cobrar de Doria sua promessa de campanha. Eles também acusaram o prefeito e o governador de favorecerem os empresários. Os militantes incendiaram catracas de papel e depois dispersaram. De acordo com a agenda oficial de Doria, ele estava no prédio da prefeitura no momento da manifestação, em reunião com o secretário de Governo, Julio Semeghini.