A pouco mais de uma semana do Carnaval, autoridades e entidades já alertam para os cuidados que a festa exige, especialmente no trânsito. Como o Carnaval tem a mistura de euforia, descontração e bebidas, o risco nas ruas e estradas aumentam. Os acidentes de trânsito aumentam 30% no Carnaval, alertou o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), Renato Raad, que utilizou a Tribuna Livre da Câmara de Curitiba, ontem, ara divulgar a campanha Álcool e volante, uma mistura que não dá samba.

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Os acidentes de trânsito no Brasil, por ano, deixam um milhão de pessoas temporariamente inválidas. Destas, 50 mil permanentemente, disse. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Carnaval passado metade das mortes em acidentes nas rodovias federais foram provocadas por motoristas alcoolizados. O número de acidentes durante os feriados normalmente costumam aumentar.

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As peças elaboradas pela Sociedade de Ortopedia trazem cinco mitos e verdades e os dez mandamentos do folião. Além do convite para que as pessoas não misturem o consumo de bebidas alcoólicas com a direção, a campanha alerta para os riscos de usar o celular enquanto dirige e a importância do respeito às normas de trânsito.

Durante a Tribuna Livre, Renato Raad respondeu a apontamentos de 15 parlamentares, que declararam apoio à iniciativa, fizeram sugestões para incrementar a divulgação e pediram a opinião do especialista sobre projetos de lei em tramitação no Legislativo. Goura, do PDT, perguntou se a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia apoiava a redução da velocidade máxima nas vias urbanas.

Nós apoiamos, respondeu o presidente da Sbot, dizendo que, dentro da cidade, andar a 40 km/h ou 80 km/h não faz diferença, pois existem semáforos em todas as esquinas. Nas vias rápidas, andar a mais de 60 km/h põe em risco as pessoas.

Planejamento

Muitos acidentes que ocorrem todos os anos nas estradas poderiam ser evitados com um bom planejamento e a direção defensiva. Os motoristas já sabem que mais vale a pena reforçar que são imprescindíveis o respeito às leis de trânsito, ter atenção redobrada com placas e sinalizações e fazer a revisão do veículo, disse o diretor-geral do Detran, Marcos Traad, antes do Carnaval do ano passado.