O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, descartou nesta sexta-feira (23) a possibilidade de renunciar ao cargo e disse que ficará no comando do Executivo estadual até o último dia de mandato. Pezão frisou que sua meta é fechar logo o acordo de recuperação fiscal com o governo federal. O eventual afastamento do governador, por meio de impeachment, foi sugerido na quinta-feira (22) pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB).

Também nesta quinta, Pezão se reuniu com lideranças do funcionalismo e disse que poderia não terminar o seu mandato. No entanto, a assessoria do governador informou que ele negou a possibilidade de renúncia e o próprio Pezão veio a público explicar que a frase era referente à possibilidade de se afastar, temporariamente, para tratamento de saúde, envolvendo a cura de um câncer.

Nesta sexta-feira (23), o governador se reuniu, no Palácio Guanabara, com representantes do Ministério Público estadual, Tribunal de Contas do Estado e Tribunal de Justiça para buscar apoio à aprovação das exigências que enquadrem o estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), do governo federal. Um dos entraves é a imposição de um teto de gasto dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Com a adesão ao RRF, Pezão espera regularizar o pagamento dos salários do funcionalismo e de outras obrigações devidas pelo estado a fornecedores e empresas terceirizadas, normalizando a situação nas áreas de saúde, educação e segurança pública.

 Minha prioridade é fechar o acordo, para que possamos regularizar o pagamento dos servidores e pensionistas e dar previsibilidade às contas do estado. Essa é e será a minha luta até o último dia do meu mandato, em 31 de dezembro de 2018, destacou Pezão, em nota divulgada pelo Palácio Guanabara.