O corpo da paranaense Ivanice Carvalho da Costa, de 36 anos, morta em Portugal, será transferido para Amaporã (Noroeste do Paraná), cidade da família. Quem vai pagar o traslado é o restaurante onde ela trabalhava. A família disse que não tinha condições de custear o transporte do corpo. E o Itamaraty informou que não pagaria.

Ivanice foi morta em Lisboa na madrugada de quarta-feira (15), quando policiais atiraram no carro em que ela estava, após o motorista – que era seu namorado – furar uma barreira policial. A barreira havia sido feita para prender ladrões de um caixa eletrônico. O namorado de Ivanice furou a barreira porque estava dirigindo sem habilitação. Quando ele passou pela barreira, a polícia atirou. A paranaense morava em Portugal havia 17 anos.

Em nota, o Itamaraty havia informado que não pode pagar pelo transporte do corpo. “De acordo com a lei brasileira, não há previsão orçamentária para traslado ao Brasil, com recursos públicos, de nacionais falecidos no exterior”, diz o texto.

Uma tia de Ivanice, a vigilante Célia Maria da Silva, está ajudando a resolver os trâmites no país. Nesta sexta, Célia disse que entraria com um pedido judicial para que o governo português pagasse o translado do corpo da brasileira para Amaporã. Mesmo com a oferta do restaurante onde Ivanice trabalhava, ela disse que não vai desistir do pedido.