O ex-presidente da Câmara Municipal de Campo Largo, Marcelo Puppi, enviou nota esclarecendo a ação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que anunciou tê-lo condenado ao lado de Jorge Júlio, por supostamente ter recebido remuneração irregular e despesas impróprias com alimentação em 2006. Puppi informa que entre julho de 2006 e outubro do mesmo ano estava licenciado do cargo de presidente, por ter sido candidato ao governo do Estado na chapa do deputado Rubens Bueno (PPS). “Eu não estava na Câmara no período em que foram pagas as sessões extraordinárias. Nada ordenei e nada recebi”, garante.

Segundo ele, “por equivoco interpretativo”, o TC diz ainda que Puppi também é solidário pelo pagamento efetuado ao seu próprio suplente, ou seja, para o vereador que assumiu em seu lugar. “É de uma clarividência solar que a ninguém pode ser imputado por algo que não praticou, tampouco se beneficiou. Como pode ser responsabilizado se nem na Câmara estava?”, afirma.

Ainda de acordo com Puppi, o TCE também se equivocou ao indicar que 13 vereadores teriam sido autuados a devolver R$ 108 mil recebidos irregularmente. “A Câmara Municipal de Campo Largo tem apenas 11 cadeiras. Quando um suplente assume é porque o titular se afastou. Considerou assim, e de forma estranha, que a Câmara teve dois presidentes concomitantemente”, afirma.

Puppi – que já recorreu da decisão – também diz que não houve rejeição das contas por despesas impróprias do Pode Legislativo, como alimentação. “Existe uma citação, com ressalva, de uma nota de alimentação em Brasília realizada por um servidor, considerada irrelevante” pelo tribunal, afirma.