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Rafael Greca, Gustavo Fruet e Ney Leprevost (reprodução)
Os candidatos à prefeitura de Curitiba se apresentaram no primeiro dia de horário eleitoral na TV, nesta sexta-feira (26). A estreia da propaganda eleitoral teve discursos de “renovação”, como os de Maria Victoria (PP) e Ney Leprevost (PSD), críticas à atual gestão e apresentação das biografias. Entre os nove concorrentes, só o prefeito Gustavo Fruet (PDT) levou dois programas diferentes ao ar, às 13h e às 20h30; seis candidatos repetiram as peças publicitárias e dois não foram ao ar no primeiro horário, Xênia Mello (Psol) e Ademar Pereira (Pros). Fruet também foi o único a mostrar depoimentos, do ex-ministro Euclides Scalco e do ex-senador Osmar Dias. A ordem dos programas foi definida em sorteio pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). Veja como foram os programas dos candidatos no primeiro dia de horário eleitoral:
Tadeu Veneri (PT)
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Tadeu Veneri: contra os “donos da cidade” (reprodução)
O candidato do PT foi o primeiro a se apresentar ao eleitor, com uma campanha “contra os que se julgam donos da cidade”. O programa começou com a biografia do deputado estadual, que em seguida passou a falar na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. “Nosso desafio agora é a prefeitura de Curitiba. Quero sonhar os mesmos sonhos que a população sonha”. Ele citou o tema que deve nortear sua campanha: “Não podemos continuar vivendo com alguns grupos que se julgam donos da cidade”, disse ao se referir à coleta e destinação do lixo, ao acesso à informação, à especulação imobiliária e à mobilidade urbana. No fim, convidou o eleitor para entrar no seu site e conhecer as propostas. Veneri tem 1’16” em cada bloco.
Xênia Mello (Psol)
Não foi ao ar às 13h. À noite, apresentou sua candidatura e o vice, Rodolfo Jaruga. “Vim da periferia e defendo as mulheres. Sou advogada e sei que nossa democracia está em risco”, limitou-se a dizer em seus 11 segundos.
Ademar Pereira (Pros)
O programa não foi ao ar às 13h. À noite, usou seus 9 segundos para mostrar o candidato na mesa, com a família. “Sempre presente” foi a mensagem, seguida do número do candidato. 
Maria Victoria (PP)
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Maria Victoria se apresentou como a candidata da novidade (reprodução)
A candidata do PP começou falando sobre “o dom de fazer diferente” e que Curitiba “foi perdendo seu maior dom, o talento para a magia, a capacidade de inovar”. O programa mostrou fotografias de suas viagens. “Quando eu estava na África ou na China, viajando e conhecendo as dificuldades e a enorme energia daquela gente, pensava na minha cidade”. Sem críticas à gestão Gustavo Fruet, ela disse que Curitiba “se transformou em uma grande metrópole, com os problemas que uma grande metrópole tem”. O tom do programa foi apresentar a deputada estadual como a novidade da eleição. “O novo tem nome”, finalizou a propaganda. Destaque para os desenhos que lembram as antigas campanhas do ex-governador Jaime Lerner.
Ney Leprevost (PSD)
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Ney Leprevost no horário eleitoral: conectado (reprodução)

O candidato do PSD iniciou sua fala dizendo que Curitiba atualmente é uma cidade “mal cuidada, triste”, onde “as coisas não funcionam” e onde “muita gente ficou esquecida”, o que deve ser uma das linhas de sua campanha. Em seguida, disse que pretende ajudar a construir uma cidade “criativa, inovadora, alegre, com uma gestão mais inteligente e humana”. O programa tentou passar a imagem de uma campanha ágil e conectada: o candidato falava e era visto no celular de uma jovem, no táxi, na academia, no notebook de uma professora. 
Gustavo Fruet (PDT)
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Gustavo Fruet mostrou biografia e depoimentos (reprodução)
No horário da tarde, a campanha do prefeito e candidato à reeleição focou em sua biografia (vereador em Curitiba e três vezes deputado federal) e na imagem de responsabilidade. O programa teve depoimentos do ex-ministro Euclides Scalco, coordenador da campanha, e do ex-senador Osmar Dias. Um candidato “com toda a vida dedicada a um novo jeito de fazer política”, disse Scalco. “Foi combatendo a corrupção e fazendo parte da CPI dos Correios que ele se destacou e ficou conhecido no Brasil inteiro como um parlamentar rigoroso”, afirmou Dias. A mulher de Fruet, Marcia Fruet, disse que o objetivo do candidato em 2012, ao concorrer à prefeitura, era “continuar o trabalho do pai dele (o ex-prefeito Maurícico Fruet)”. Ela lembrou ainda que Fruet assumiu a prefeitura “com uma dívida de R$ 578 milhões”.
No horário da noite, Fruet disse que está “com a consciência tranquila”. “Governei a cidade no momento mais conturbado da história nacional, com um bombardeio de más notícias”, afirmou. “Mas, ao contrário do que aconteceu em outras cidades e também governo federal e o governo estadual, conseguimos melhorar as finanças públicas”. Em seguida, disse que não houve casos de corrupção em sua administração, o que deverá ser usado pelo pedetista durante a campanha. “No nosso período de governo não aconteceu nenhum caso de corrupção ou desvio de conduta”.
Afonso Rangel (PRP)
Com apenas 9 segundos, o candidato do PRP se apresentou como gestor e divulgou seu canal no Youtube.
Rafael Greca (PMN)
O primeiro programa de Rafael Greca na TV foi construído em cima de um discurso do candidato. “Viva Curitiba, viva a possibilidade de Curitiba dizer de novo que tendência não é destino”, iniciou o ex-prefeito enquanto eram mostradas imagens da cidade, da população e de equipamentos públicos. “Curitiba primeiro é desenhada no nosso coração, e depois é desenhada na nossa consciência, e depois é projetada na rua, na calçada”. O programa procurou reforçar palavras com conotação negativa, como “rasgado”, “abandonado”, “pichado”, “esburacado” e “esquecido”, sutilmente relacionadas à atual administração. A palavra que ganhou mais força foi “desqualificação”. “Uma desqualificação da Curitiba em que se asfaltavam ruas em duas semanas”, disse Greca, para abrir uma fase “positiva” do programa, estrategicamente ilustrada com imagens do período em que ele foi prefeito. “É tempo de voltar para o futuro” foi a mensagem final.
Requião Filho (PMDB)
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Requião Filho falou sobre a decisão de ser candidato (reprodução)
O candidato do PMDB levou ao ar trechos da primeira série que vem exibindo na internet sobre seu dia a dia e os bastidores da campanha. “Quem é que vai acreditar em políticos em 2016, como é possível convencer alguém que é possível ser diferente?”, perguntou enquanto dirigia um automóvel. Em seguida, se apresentou como deputado estadual e líder da oposição ao governador Beto Richa (PSDB) para dizer que a ação da Polícia Militar contra os professores, em abril de 2015, na frente da Assembleia Legislativa, o motivou a concorrer à prefeitura. “Não é esse tipo de política que Curitiba merece”, disse. “Coragem pra mudar eu tenho, e você?”, questionou ao encerrar seu programa.