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O candidato à prefeitura de Curitiba Rafael Greca (PMN) informou nesta sexta-feira (21) que pediu à Justiça a designação de um perito judicial para analisar os móveis que estão em sua chácara, em Piraquara, na região metropolitana. Na campanha do primeiro turno das eleições, Greca foi acusado de ter se apropriado de objetos da Casa Klemtz, espaço cultural no bairro Fazendinha. Segundo o candidato, as obras que estão na chácara São Rafael pertencem ao acervo de sua família.

“Aos que me acusaram de ter em minha casa objetos da Casa Klemtz, informo que requeri à Justiça a designação de um perito judicial isento que vai verificar o acervo lá conservado”, afirmou Greca. “Isso comprovará que na chácara São Rafael, que foi ameaçada de maneira torpe e insidiosa até por homens armados, nós conservamos o legado de meus pais e de meus avós, portanto coisas que só dizem respeito a mim e a minha Margarita”. Na campanha do primeiro turno, guardas municipais de Curitiba teriam sido flagrados com equipamentos de filmagem perto da chácara de Greca.

“Eu repilo de maneira veemente que tentem confundir a cabeça do nosso povo naquilo que eu mais prezo, que é a preservação do patrimônio cultural de Curitiba. Que se faça Justiça”, finalizou o candidato do PMN.

Os advogados de Greca protocolaram o pedido na última quarta-feira, 19, na 1ª Vara da Fazenda Pública. A ação cautelar pede a produção antecipada de provas, que será feita por especialista indicado pela Justiça, com o acompanhamento de representantes da Fundação Cultural de Curitiba e da prefeitura de Curitiba.

Antes do primeiro turno das eleições, o jornal Folha de São Paulo publicou matéria com fotos das peças, que seriam parecidas com as que desapareceram. O sumiço teria acontecido em 1995 e somente em 2016, véspera do primeiro turno, foi denunciado pela prefeitura e pela Fundação Cultural. Segundo os advogados de Greca, será dada permissão para que o município mande um profissional para acompanhar a perícia.

Ação popular
Sobre a nova ação popular sobre o mesmo tema, movida pelo advogado Paulo Henrique da Rocha Loures Demchuk, os advogados de Greca informaram que o juiz Guilherme de Paula Rezende já se posicionou sobre o tema. Em seu despacho, do último dia 20, o juiz teria informado que houve a prescrição da denúncia, em função do registro de desaparecimento ter sido de 1995 e somente 11 anos depois houve a queixa pela prefeitura de Curitiba.