Comitiva professores e coordenadores de províncias japonesas chega ao Paraná nesta quarta-feira (06). Até sexta-feira (08), o grupo, formado por dez pessoas, vai conhecer projetos desenvolvidos pelo governo estadual e Prefeituras, por cooperativas, entidades não-governamentais e aqueles desenvolvidos através de cooperação entre países.

Por solicitação do diretor-geral da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Masahiro Kobayashi, o secretário de Relações com a Comunidade, Milton Buabssi, designou o coordenador do programa Portal da Comunidade, Rodrigo Schmidt, para acompanhar a visita.

Na quarta-feira (06), a comitiva japonesa desce a Serra do Mar pela Estrada da Graciosa, até Paranaguá, passando por Guaraqueçaba e Superagüi, para conhecer também a Mata Atlântica. Na quinta e sexta-feira, estão agendadas visitas ao Cerbio (Centro de Referência em Biocombustíveis) e à Usina de Biodiesel no Tecpar. O grupo também irá à Universidade Livre do Meio Ambiente, onde conhecerá as atividades das crianças e adolescentes que participam do Projeto Espaços de Contraturno Socioambiental (Ecos). Os professores japoneses visitam ainda a turma que participa do curso internacional de práticas em gestão urbana com ênfase ambiental, que está sendo realizado em Curitiba em parceria com a Jica.

A prioridade da Jica, para a realização de projetos e intercâmbio tecnológico com o Brasil, é o meio ambiente. No Paraná, está em andamento o projeto de estabelecimento do sistema de monitoramento e manejo sustentável de recursos pesqueiros nas baias da costa paranaense, cujo objetivo é contribuir para a estruturação de uma rede de monitoramento ambiental. A preservação do meio ambiente e o manejo sustentável dos recursos pesqueiros, onde a pressão das atividades econômicas e do aumento populacional está cada vez mais presente, também são prioridades nesse projeto.

RELAÇÃO – Atualmente, o Brasil chama a atenção do Japão, não somente por ser um dos países de maior destaque na América Latina, mas também por abrigar a maior população de descendentes de japoneses fora de seu país de origem. Recentemente, o Brasil se tornou a nação fora da Ásia de onde saem a maior parte dos imigrantes que chegam ao Japão, em busca de estudo e trabalho, invertendo assim o grande fluxo migratório do início do século XX. O Brasil ocupa hoje a 6.ª posição entre os maiores receptores de auxílio japonês via cooperação técnica dentre todos os países do mundo e é considerado o maior receptor de cooperação fora do continente asiático.