Sei que Dia das Mães é tempo de chorar na apresentação dos filhos, ganhar mimos dos pequenos, mas também é tempo de pensar. Uma reportagem do Bem Paraná de hoje fala sobre as mães solteiras. Se para quem tem um companheiro já não é fácil, ser sozinha é ainda mais complicado. Entre os anos 1990 e o começo dos anos 2000, o número de mães solteiras no Brasil cresceu 58,8%. Hoje, uma em cada três mães brasileiras criam seus filhos sozinhas. Mas as obrigações fora de casa também cresceram, com o “sexo frágil” tomando conta do mercado de trabalho. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a participação das mulheres no mercado de trabalho chega a 59,60%. Destas, 93,6% exercem ainda os afazeres domésticos — entre os homens, apenas 51,2% dos que trabalham fora também ajudam nos afazeres de casa. Junto com as tarefas e as cobranças, a imaturidade. No Brasil, uma em cada cinco crianças nascidas vivas em 2010 eram filhas de adolescentes.

A reportagem conta a história de Ana Carolina se viu sozinha e com um filho quando tinha apenas 19 anos. O pai da criança, um “conquistador nato” (galinha, nas palavras da ex-namorada), foi embora de Curitiba e nem a pensão — R$ 450 por mês — ele paga. Afinal, o filho não é dele, mas dela. “A sociedade ainda coloca como se a mulher quisesse, através da gravidez, se apossar do homem. Só a mulher é responsabilizada e o homem, como não se vê responsabilizado, abdica”, explica a psicóloga Fabíola Kaminski Treuk.

Vale a pena ler a reportagem de Rodolfo Kowalski