Uma reportagem de Rodolfo Kowalski na edição desta sexta, dia 17, fala sobre a mães de crianças com Síndrome da Down. Vale a pena ler e se emocionar.
“Imagine que você sempre sonhou em conhecer a Itália. Você compra guias, faz planos e eis que chega o grande dia. Mas algo acontece e, em vez de desembarcar na Itália, você vai parar na Holanda. E é lá que deve ficar. O primeiro sentimento, inevitavelmente, é o de frustração. Com o tempo, porém, você vai conhecer (e se deslumbrar) com as tulipas, os moinhos de vento, vai descobrir as pinturas de Rembrandt e Van Gogh.
O relato acima é um resumo do texto “Bem Vindo à Holanda”, da escritora americana Emily Kingsley. Na obra, ele compara a experiência de alguém descobrir que o filho tem alguma deficiência com uma viagem para a Itália que acaba sendo desviada para a Holanda.
“Na gravidez você idealiza o filho. Quando as coisas não saem como era esperado, vem o choque”, afirma a protética Andresa Dambiski, de 40 anos. Ela é a mãe de Diogo, de dois, que tem Síndrome de Down (SD). A Holanda dela, portanto, foi a síndrome descrita em 1866 pelo pediatra inglês John Langdon Down.
No próximo dia 21 será celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. No Brasil, nasce uma criança com SD a cada 600 a 800 nascimentos, independente de etnia, gênero ou classe social.