Divulgação / Vigília Lula Livre

Militantes da vigília que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alugaram nesta semana um terreno na esquisa da Superintendência da Polícia Federal, no Bairro Santa Cândida em Curitiba. Até então impedidos de ultrapassar um raio de uma a duas quadras do prédio onde Lula está preso há 101 dias, os militantes agora pretendem ficar a menos de 10 metros do portão principal da PF, na Rua Professor Sandália Monzon, número 164.

De acordo com a coordenação do espaço, a ação é uma forma de cumprir os acordos com as autoridades, respeitando o interdito proibitório, a comunidade local e, por tratar-se de área privada, a liberdade de ir e vir dos integrantes do movimento.

O grupo pretende com a instalação das tendas no novo terreno ter maior proximidade com o ex-presidente Lula.

A Policia Militar (PM), que faz controle da circulação de pessoas no entorno, ainda não permitiu entrada das tendas no terreno local. Na terde desta segunda-feira, os coordenadores do movimento, dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) e de movimentos de apoio participam de uma audiência de consciliação com representantes da Prefeitura de Curitiba e moradores da região no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Dessa reunião, deve sair um acordo que pacifique as diversas ações judiciais contra manifestaçõe na região. 

Em entrevista ao site Brasil de Fato, a presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná e da Frente Brasil Popular Paraná, Regina Cruz, afirma que a locação do terreno servirá como palco para os atos em apoio a Lula. “Não estamos ocupando, não estamos invadindo, estamos alugando um terreno. Uma organização para que, a partir de agora, nossas reuniões, encontros, o ‘bom dia e boa tarde, presidente Lula’ sejam feitos daqui. Seguindo em apoio, estando de forma pacifica, como foi ao longo desse tempo, desde que está como preso político”, explica Regina Cruz. 

Eduardo Godoy, advogado da Vigília, defende que não existe irregularidade na ação. "O direito de livre acesso a uma área privada não pode ser cerceado por qualquer ação policial, a não ser que haja alguma infração legal, mas aqui não há nenhuma.  Hoje a tarde temos uma audiência com Desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff e estas questões serão levadas ao conhecimento dele para que as providências sejam tomadas”, disse ao Brasil de Fato.

O Acampamento Marisa Letícia, que abriga militantes de movimentos sociais durante a noite, deve ser mantido no terreno alugado na Rua Padre João Sulinski, número 278, a cerca de um quilômetro do prédio da PF. O terreno ao lado da PF servirá apenas para a vigília, os militantes não devem dormir lá. 

Divulgação / Vigília Lula Livre