Em nova turnê no Brasil, banda prepara set list com canções de todos os discos

A consagrada banda de metal progressivo Symphony X retorna ao Brasil no mês de agosto para duas apresentações. Criada pelo guitarrista Michael Romeo, a banda surgiu em New Jersey (EUA), na década de 1990 e, em mais de 20 anos, gravou discos cultuados como “The Divine Wings of Tragedy” (1997) e “Paradise Lost” (2007).

Com show marcado em São Paulo (03 de agosto) e Limeira (04 de agosto) e produção da Top Link Music, o grupo vai expor seus maiores clássicos em versões inovadoras. Vale mencionar que seu último álbum de estúdio foi o “Underworld”, um dos preferidos do guitarrista e fundador, Michael Romeo.

Antes de chegar ao Brasil, o guitarrista Michael Romeo concedeu entrevista com exclusividade para revelar o que espera das apresentações e dos fãs brasileiros, além de comentar a respeito da situação da indústria musical da atualidade.

O Symphony X está prestes a chegar ao Brasil para realizar shows. Em relação ao repertório, o que a banda preparou para os fãs?

Bem, fizemos uma pausa nos últimos dois anos, pois algumas coisas aconteceram. O primeiro é que Russ (vocalista) se envolveu em um trágico acidente e precisava de algum tempo. Além disso, alguns de nós trabalharam em material solo e outras coisas durante esse período, então algumas folgas foram boas para todos. Eventualmente as coisas se resolveram e começamos a conversar sobre planos para um novo CD ou um tour. Nós decidimos por uma turnê. Acho que todos nós sentimos a falta e ficamos empolgados em voltar a tocar de novo. Mas essa turnê não é uma ‘turnê do Underworld’. Já que muito tempo se passou desde o lançamento. Então decidimos fazer uma ou duas músicas dos nossos vários álbuns ao longo dos anos. Um pouco de tudo. Foi legal poder escolher diferentes músicas de diferentes álbuns para o setlist. Eu acho que os fãs vão se divertir.

Em suas apresentações no Brasil, qual análise a banda faz do público?

Toda vez que estivemos lá, os fãs foram incríveis! Sempre muito apaixonados e entusiasmados. Sempre!

O Symphony X é um dos pioneiros do metal progressivo. Como a banda vê o estilo nos dias de hoje? Existe uma maneira de desenvolver mais?

Nós realmente não pensamos sobre essas coisas. Nós apenas fazemos o tipo de música que gostamos. Todos os álbuns que fazemos, nós damos 100% e sempre tentamos manter as coisas novas e empolgantes.

Nesta situação de crise da indústria musical com música digital, a banda ainda pretende lançar álbuns?

Bem, sim, a indústria está em um lugar ruim agora. É definitivamente muito mais difícil sobreviver. Quando uma banda que eu gosto lança novas músicas, eu sempre compro o CD. Eu sei que isso ajudará mais a banda em termos de dinheiro, e também permitirá que eles criem mais músicas boas no futuro. Infelizmente, a maioria das pessoas simplesmente não “compra” mais música, o que torna a criação de músicas novas e de qualidade cada vez mais difícil em termos de tempo e dinheiro.

Listas de revistas e sites especializados frequentemente colocam o álbum “The Divine Wings of Tragedy” como uma das referências do gênero. Você concorda? Por quê?

Embora não seja o meu favorito (Iconoclast e Underworld são meus favoritos), havia algo sobre esse álbum muito significativo para a banda na época. Eu acho que foi o fato de que, com esse CD, nós ‘definimos’ qual seria o nosso estilo. Tem um toque de tudo que ainda fazemos até hoje.

O Symphony X tem a oportunidade de percorrer o mundo apresentando um estilo musical complexo. Além do Brasil, quais países adoram mais esse tipo de música?

Tivemos a sorte de tocar para fãs de todo o mundo e, embora alguns expressem sua paixão pela música de maneiras diferentes, acho que os fãs desse estilo de música são muito dedicados… Não importa onde.

Quais foram as principais influências da banda para elaborar sua música?

Existem tantas influências diferentes que todos nós temos. Mas principalmente, todos nós crescemos com as mesmas coisas… Sabbath, Zeppelin, Priest, Maiden, Rush, etc. Gostamos de clássicos, jazz e outros estilos também. Mas com o passar do tempo, você incorpora todas essas coisas musicais que aprendeu e desenvolve seu próprio estilo e abordagem para escrever música. Eu sempre fui muito mente aberta sobre todos os tipos de música, você sempre pode aprender algo novo e usá-lo em seu próprio trabalho. Experimentar novas ideias e ser criativo. É isso que mantém o interesse.

Mais informações acesse: www.sinnersrockbeer.com.br

Entrevista: André Molina

Foto: Divulgação