Ana Beatriz Dias Pinto; Luciana Soares Rosas
Artigo originalmente apresentado no 33° Congresso Internacional da Soter (Imagem: Divulgação)

INTRODUÇÃO

A Igreja existe há mais de dois mil anos e, ao longo de sua trajetória, utilizou-se de variados modos de comunicação nas diferentes sociedades onde esteve inserida. Na Europa do século XVII, especialmente com o nascimento dos primeiros jornais e gazetas, os meios de comunicação impressa católicos denotaram a importância de se comunicar com a sociedade de então, visando estabelecer uma relação dialogal também no campo teológico-pastoral – demasiadamente permeado pelo impacto da Reforma, do Iluminismo, do secularismo e de outras tantas expressões que impactaram o catolicismo desde o século XV.

Exemplo disso é a primeira revista publicada, datada de 1663 e impressa na Alemanha: chamava-se Erbaulich Monaths-Unterredungen que, em tradução livre ao português, teria como título Edificantes Discussões Mensais. “Tinha cara e jeito de livro e só é considerada revista porque trazia vários artigos sobre um mesmo assunto – Teologia – e era voltada para um público específico. Além disso, propunha-se a sair periodicamente.” (SCALZO, 2008, p.19).

E essa lógica de publicar materiais teológicos ganhou força a partir da conquista da América. No Novo Mundo, a finalidade de evangelização ganhou contornos acentuados do impacto colonizador, marcado pela cruz e, também, pela espada. Enquanto de um lado os missionários que acompanhavam os colonizadores além-mar buscavam transmitir a fé cristã à população nativa e aproveitavam para escrever cartas relatando à Europa as características das terras encontradas, a exploração das riquezas naturais e a eliminação da cultura existente no novo continente teve conivência de muitos teólogos, sendo marcada pela violência, pelo desrespeito, pelo martírio, pela injustiça e pela opressão – uma teologia muito distante do Evangelho (BRIGHENTI, 2006, p.10-14).

No Brasil Colonial, a influência da colonização portuguesa e jesuíta não foi indiferente a esta realidade. Isso se estendeu para além do período da Proclamação da República, em 1889, com a expulsão da Família Real Portuguesa. Contudo, a República Velha trouxe uma nova realidade à Igreja brasileira: com o fim do regime de padroado, a Igreja necessitava de novas soluções para mudar sua postura e combater o protestantismo, a introdução do espiritismo e a força na maçonaria no recém-constituído Estado laico. Para tanto, na então capital do país (a cidade do Rio de Janeiro), investiu-se na circulação do periódico O Apóstolo, famoso por buscar manter a hegemonia do catolicismo em território nacional. Outra ação do clero para não perder espaço no vasto território brasileiro foi importar mão-de-obra de congregações religiosas provenientes da Europa (BEOZO, 1992, p. 201). Uma delas foi a Congregação dos Filhos do Imaculado Coração de Maria, os Missionários Claretianos, enviados da Espanha em 1895 e, que inicialmente, fixaram-se na cidade de São Paulo (CLARET, 2015).

No contexto missionário, os claretianos tinham como objetivo suprir as deficiências de uma prática missionária que contribuiu com o declínio do catolicismo no país e trabalhar ostensivamente pela construção institucional de um catolicismo brasileiro, não mais lusitano-romano. Ademais, os claretianos também se destacaram na realização de uma terceira tarefa de grande importância: a expansão da imprensa católica de matriz popular.[1] Esta conjuntura foi denominada período da Boa Imprensa, conforme aponta o historiador Gonçalves (2009). Para tanto, os claretianos assumiram em 1899 a direção da primeira revista católica mariana do país, a Ave-Maria.

Lançada em 28 de maio de 1898 na cidade de São Paulo, a publicação foi inicialmente idealizada pelos leigos Maria Cândida Junker Alvares e Tiburtino Mondim (GONÇALVES, 2009, p.113). Além dos dois, a crônica dos missionários claretianos acrescenta, ainda, o nome de Manuel Recco como sendo um terceiro idealizador do periódico (CLARET, 2015). Desde seu lançamento, a Ave-Maria apresentou uma linha editorial fundamentada na defesa da Igreja por meio de um viés teológico inclinado à formação da sociedade brasileira acerca de temas católicos, acentuada devoção mariana e forte combate às apostasias e heresias. E isso se manteve em sua linha editorial por mais se seis décadas.

Tal propositura só foi repensada a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965), que levou os clérigos latino-americanos a questionarem o impacto da colonização europeia ao trazer consigo uma eclesiologia distante do Evangelho. Quando em 1971 Gustavo Gutierrez publica a obra Teología de la liberación: perspectivas, e passa a questionar o papel da Igreja e da Teologia na América Latina, sua proposta por uma teologia mais racional, de “reflexão crítica sobre a práxis” (GUTIERREZ, 1975) ganha diversos adeptos no Brasil.

E, por se tratar de um veículo jornalístico de comunicação contextualizado com a realidade da Igreja, a Ave-Maria passa então a ser protagonista de discussões significativas sobre o que se apontou como “uma exigência de ação pastoral, de compromisso, de serviço aos demais” (GUTIERREZ, 1975, p.30), algo que também havia sido proposto pela constituição pastoral Gaudium et Spes (GS) ao final do concílio:

É dever de todo o Povo de Deus e sobretudo dos pastores e teólogos, com a ajuda do Espírito Santo, saber ouvir, discernir e interpretar as várias linguagens do nosso tempo, e julgá-las à luz da palavra de Deus, de modo que a verdade revelada possa ser cada vez mais intimamente percebida, melhor compreendida e apresentada de um modo conveniente. Como a Igreja tem uma estrutura social visível, sinal da sua unidade em Cristo, pode também ser enriquecida, e de facto o é, com a evolução da vida social. (GS, 44)

E é justamente nesse contexto de mudanças e reflexão sobre a vida da Igreja e do modo de se fazer teologia que chega ao Brasil, em 1968, o missionário espanhol claretiano Pedro Casaldáliga (1928-2020). Falecido aos 92 anos, foi um protagonista da Teologia da Libertação no país, deixando importante legado para a práxis teológica: encontrou nas terras da prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, inspiração para exibir e denunciar – especialmente por meio da poesia – a urgência de uma teologia libertadora, em defesa do povo oprimido.

Desse modo, as poesias de Casaldáliga servirão de base para a pergunta que pretendemos trilhar neste trabalho: ao publicar suas poesias na revista Ave-Maria, o uso da linguagem artístico-poética teria permitido abordar a realidade latino-americana e de uma Igreja pós-conciliar repleta de contrastes, por meio de uma estética piedosa, mas ao mesmo tempo profética e denunciativa? Para tanto pretendemos retratar a importância da teopoética enquanto lugar teológico, demonstrando que ela pode se apresentar como instrumento não somente artístico, mas também registro histórico, jornalístico e teológico. Desse modo, nos propomos a analisar e categorizar os elementos-chave que se apresentam em três poesias de Pedro Casaldáliga, publicadas na revista Ave-Maria, nos anos 1990 – período em que se dizia que a Teologia da Libertação tinha chegado ao seu fim.

 

1. FAGULHAS DO VATICANO II E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO NOS ANOS 90

O pós-vaticano II foi um período em que a Igreja se tornou mais consciente do impacto dos meios de comunicação de massa na vida em sociedade. Exemplo disso foi o lançamento do decreto Inter Mirifica (1963) e da instrução pastoral Communio et Progressio (1971), que reconhecem o uso da imprensa como caminho importante e necessário para uma evangelização eficaz e tratam da importância da formação de profissionais para atuar nesse campo – especialmente no universo do catolicismo.

A partir dessas fagulhas do Concílio, muitas das edições da revista Ave-Maria contaram com a assinatura de importantes teólogos expoentes do catolicismo nacional e, de modo particular, muitos se propunham a refletir sobre o tema da Teologia da Libertação. Assim, se tornou uma revista importante no cenário nacional, especialmente entre as décadas de 1970 e 1990 – e suas páginas têm sido objeto de estudo para muitos pesquisadores das áreas de comunicação, como Gonçalves (2008), Gordo (2016; 2021), Tortelli (2016), Zeferino, Fernandes & Pinto (2020). Ademais, é uma revista que possui em seu acervo conteúdos extremamente significativos, que nos permitem refletir sobre trajetória da Igreja no Brasil a partir do século XIX, pois conta com mais de 2 mil edições publicadas que, em diferentes períodos, foram distribuídas semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente – de norte a sul do país, a milhares de brasileiros.

Para Pedro Casaldáliga, as páginas de Ave-Maria foram um instrumento midiático e pastoral importante. Ele as utilizou para fazer comunicar, por meio da arte e da espiritualidade, a causa da Libertação. Seus textos foram dispersos em jornais católicos como o Alvorada (da Prelazia de São Féliz do Araguaia), panfletos, murais e diversos meios de comunicação. E suas poesias, de maneira particular, representam uma conjugação estética que transpõem aquilo que buscou em vida: a coerência entre a teologia e a vida, entre o Reino vivido e pregado.

A poesia de Casaldáliga é notadamente engajada, o que pode ser percebido, de entrada, pelos títulos das obras […] O engajamento se articula como o sentimento de religiosidade e da religião propriamente dita, do sacerdócio. Não é religião restritiva, castradora, que visa o além-túmulo, a salvação extraterrena, mas aquela promotora da libertação do espírito humano no agora em que vive, pelo viés da educação para a consciência emancipada e justa, coerente em atos e discursos, para a esperança. A sua convicção religiosa fortalece a esperança e a impulsiona para a resistência na defesa dos direitos humanos. O poeta apresenta um compromisso simultâneo com a crença, com a história, com as culturas, com a arte. (SOUZA & REIS, 2014, p. 16). 

A partir desse protagonismo, passaremos a percorrer 3 (três) poesias produzidas por Casaldáliga e publicadas na revista na década de 1990, perfazendo por meio da análise fenomenológica de conteúdo, a categorização dos principais elementos-chave que nelas se apresentam: martírio, justiça e libertação.

 

2. MARTÍRIO, JUSTIÇA E LIBERTAÇÃO EM POESIA

Para responder às perguntas propostas por esta pesquisa, desenvolvemos análise fenomenológica quantitativa e qualitativa via pesquisa bibliográfica. Realizou-se a coleta de todas as 120 edições mensais de revistas Ave-Maria publicadas na década de 1990 e, a partir daí, identificaram-se os diversos estilos de textos produzidos por Casaldáliga no veículo: artigos, orações, manifestos, notícias e poesias. Houve também situações em que ele próprio foi objeto de entrevistas ou reportagens. Nesse retalho da década de 1990 foram identificadas 68 poesias de Casaldáliga publicadas, (há algumas repetidas, que não foram enumeradas). A partir daí, realizamos a leitura e a análise comparada de elementos comuns aos textos. Verificou-se que em 49 poesias (72%), destacam-se os eixos: justiça, martírio e libertação (de forma concomitante, ou não).

Destas, foram recolhidas as 03 primeiras poesias que apresentam, simultaneamente, os três eixos temáticos que se apresentaram como pontos centrais da teopoética de Pedro Casaldáliga: São Romero da América, Pastor e Mártir (1990), O Reino e o Anti-Reino (1990) – sem título na publicação, mas publicada com ele na internet[2]e América Latina (1992). A seguir, apresentamos a análise fenomenológica das mesmas:

Ana Beatriz Dias Pinto Dom Pedro Casaldáliga

Na poesia São Romero da América, Pastor e Mártir (AVE-MARIA, março de 1990), encontramos como aceno de martírio a expressão: “[…] E o Verbo se fez morte, outra vez, em tua morte, como se faz morte, cada dia, na carne desnuda de teu Corpo.” Ademais, Casaldáliga ainda profetiza sobre a santidade de Romero: “São Romero da América, pastor e mártir nosso! Romero de uma Paz, quase impossível, nesta Terra em guerra.  […] Romero desta Páscoa latino-americana”. Já no eixo justiça, o teopoeta expressa a dor das injustiças da Igreja que permitiu a morte de Romero: “Pobre pastor glorioso, abandonado por teus próprios irmãos de báculo e de Mesa…! (As cúrias não podiam entender-te: nenhuma sinagoga bem montada pode entender a Cristo)” e usa as palavras para também profetizar: “São Romero da América, pastor e mártir nosso: ninguém há de calar tua última Homilia!”. Por fim, no eixo libertação,a obra expressa: “Tu ofertavas o Pão, o Corpo Vivo – o triturado Corpo de teu Povo; seu derramado Sangue vitorioso – o Sangue ‘campesino’ de teu Povo em massacre, que há de tingir em vinhos de alegria a Aurora conjurada!”, lamentando profundamente a morte do companheiro de libertação assassinado em 1980 em San Salvador.

Na segunda poesia analisada, O Reino e o Anti-Reino (AVE-MARIA, novembro de 1990), Casaldáliga fala de martírio ao sentenciar: “Os ídolos da morte vem massacrando teus anônimos filhos sem defesa…”, expondo a realidade do latifúndio frente às mortes de indígenas e pobres no Mato Grosso, além de ressaltar a urgência de justiça, fazendo de sua poesia também uma súplica: “Ajuda-nos a abrir as portas do santuário igual que uma consciência ao sol, ao mundo, ao curso do Araguaia”, clamando por uma Igreja que defenda o oprimido. Já no quesito do eixo da libertação, a poesia expressa: “Sob as telhas antigas da missão rompe a luz da Verdade no estandarte da Páscoa e os passos de Francisco, do Povo e dos romeiros se acrescentam ao Passo”, demonstrando a Páscoa como passagem da escravidão para uma nova vida e acrescentando: “sem medos, na esperança; sem deuses, Deus-conosco; na graça e na conquista do teu reino!”, de modo a demonstrar  a importância de uma fé vivida em comunidade, que seja prática e sinal de esperança para o povo que em vida não percebe a presença de Deus diante de tanta opressão.

Por fim, na terceira poesia analisada, América Latina (AVE-MARIA, agosto de 1992), Casaldáliga usa o eixo temático do martírio comparando a morte de Cristo ao de mais um oprimido nas terras do Araguaia, onde o dia de Sexta-Feira Santa parece se perpetuar: “Hoje ainda é Sexta-feira Santa. Todos somos testemunhas, entre dados e lanças, enquanto a mãe chora sobre o filho caído.” Ao denunciar a realidade vislumbrada, o bispo do Araguaia não cansa de clamar por justiça: “E há que se pôr ternura nas quenas despertar e quebrar os aromas solidários e desafiar o medo do sepulcro desarmando os guardas”, indicando por meio da palavra quena, flauta utilizada pelos indígenas, que o assinado desta vez foi um nativo local. E ao retratar a temática da libertação, Casaldáliga expressa: “Amanhã será Páscoa – porque Ele já é amanhã para sempre. Revestida de chagas e surpresas, virá pelo jardim a Liberdade, irmãos”, demonstrando por meio da esperança cristã e de sua festa maior, a Páscoa, um sentido para a morte de mais um latino-americano.

 

CONCLUSÃO

De maneira geral, a teopoética de Pedro Casaldáliga se apresenta como registro histórico e crítico dos conflitos existentes entre religião e poder, justiça e opressão, fartura e fome, num Brasil e/ou numa América Latina repletos de contrastes – bem como uma Igreja formada por pessoas que esperam por justiça enquanto outras não dão o verdadeiro testemunho do Reino.

A poesia de Dom Pedro Casaldáliga apresenta a figura de um poeta que também é teólogo e ativista. Ele encontrou nas terras da prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, inspiração para exibir e denunciar – especialmente em por meio de seus versos – a urgência da defesa dos direitos humanos. De maneira franca e combativa, dissecou a gravidade da miséria e da opressão vivenciadas pelas minorias marginalizadas para muito além do eixo das grandes metrópoles, demonstrando a importância de uma eclesiologia voltada ao pobre.

Assim, as páginas de Ave-Maria foram um criativo instrumento midiático e pastoral utilizado por Casaldáliga para fazer comunicar, por meio da arte e da espiritualidade, a causa da Libertação. Quando distribuídas na imprensa, suas poesias puderam chegar à população de todo o país, o que demonstra que mesmo nos idos dos anos 1990, a causa da Libertação pulsava nas veias da América Latina e do poeta Casaldáliga, que ousou se opor aos conflitos de terra sem deixar de lado a crítica, a ironia e a conjugação estética que transpõem tudo aquilo que buscou em vida: a reverberação do Evangelho vivido.

 

REFERÊNCIAS

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BRIGHENTI, Agenor. A missão evangelizadora no contexto atual. São Paulo: Paulinas, 2006.

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[1] O termo “popular” do modo como é referido nesta parte do trabalho não constitui uma contradição irredutível em relação à utilização de outras terminologias tais como “instrumento de comunicação de massa”. A imprensa católica “popular”, sobretudo a imprensa mariana, é aqui vista enquanto integrada a uma comunidade por meio de um largo alcance público que maximiza a sua difusão tanto no meio rural quanto no urbano; ao mesmo tempo em que também pode ser vista como um instrumento de comunicação de massas, enquanto configuração conceitual própria aos elementos que formam a tipologia da imprensa mariana.

[2] O REINO E O ANTI-REINO. Literatura Mato-grossense. Disponível em: <http://www2.unemat.br/literaturamt/Vers-nomes/PREDO-C.htm>. Acesso em 20 jun 2021.

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SOBRE AS AUTORAS:

* Ana Beatriz Dias Pinto é doutoranda em Teologia (PUCPR). Docente na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no mosteiro da Faculdade São Basílio Magno (FASBAM) e no Studium Theologicum Claretiano (afiliado à Pontificia Università Lateranense di Roma).

** Luciana Soares Rosas é Bacharel em Ciências Econômicas (UFPR); Graduanda em Teologia e em Psicologia (PUCPR).