Caminho político

A eleição do dia 7 de outubro vai direcionar o caminho político que Curitiba terá nos próximos quatro anos. Dois candidatos são favoritos para figurarem no segundo turno, previsto para acontecer no dia 28 de outubro: Luciano Ducci (Curitiba Sempre na Frente) e Ratinho Junior (Curitiba Criativa).

Neste momento é impossível saber quem será o vencedor entre Ducci e Ratinho. Mas o desenho das pesquisas eleitorais mostra que Gustavo Fruet está muito distante para se recuperar até o dia da eleição de primeiro turno. O ex-prefeito Rafael Greca também permanece distante e sem fôlego para reagir.

Com o afastamento da dupla Fruet e Greca de Ducci e Ratinho, as conversas de bastidores ganharam força nos últimos dias. Emissários de Ducci e Ratinho sondam os grupos em queda para saber quem vai com quem no segundo turno. O PT, sem discussão, vai apoiar a coligação Curitiba Criativa. Hoje, o PSB e o PSDB estão caminhando juntos e são ameaças para Dilma ou para Lula a nível nacional.

Parte do PDT e do PV deve se alinhar a Ratinho e a outra, provavelmente a maioria, ao prefeito Luciano. A maioria do PMDB já está com Ducci. A previsão é de Greca se alie a Ratinho, onde teria mais espaço e longe da tutela do senador Roberto Requião. ComoFruet está sendo deixado ao Deus dará pelo PT e como está de mal com o grupo do PSDB, deve ficar neutro. Nesse caso seria a chance de Fruet se reaproximar de Ducci e de fazer as pazes com o governador Beto Richa. Afinal, o que vale em política hoje, pode não valer amanhã.

Clima de enterro
O clima de enterro contaminou os comitês da coligação Curitiba Quer Mais. Até os cabos eleitorais acham que o candidato Gustavo Fruet é carta descartada do eleitor curitibano. Nas rodas de cafezinho o entendimento é de que funeral é mais animado do que no comitê do Champgnat. Para fechar o caixão de Fruet e de muitos candidatos, falta pouco, acredita a turma da Boca Maldita.

São nunca
A queda de intenções de votos de Gustavo Fruet tem tudo para influenciar nos projetos políticos futuros da ministra Gleisi Hoffmann e do ministro das Comunicações Paulo Bernardo.A aliança está sendo encarada pelo Planalto comouma doença crônica que vai se esfacelar logo depois de sete de outubro. Neste momento o PT vê as bases se esvaindo e vai ter que dar as mãos para o PSC, já projetando o futuro. Há seis anos, Bernardo sonha em ser o primeiro senhor do estado e verGleisi com a chave do Palácio Iguaçu. A derrota poderá adiar o sonho por mais alguns anos ou, talvez, para o dia de são nunca.

Refundação
Dentro do PT, as lideranças das zonais apontam os ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann como os principais culpados do fracasso anunciado da aliança com o PDT. Muitos falam que chegou a hora da refundação do PT curitibano, dando forças para nomes como a vice Mirian Gonçalves, o deputado federal Dr. Rosinha, o deputado estadual Tadeu Veneri e a vereadora Professora Josete, assim como as tendências minoritárias, como a do Trabalho.

Galdino luminoso
Na eleição de 2008 o vereador Professor Galdino mostrou a criatividade fazendo uma campanha com duas bicicletas e com som tocando a canção 43021. Na época ele estava no PV. Em 2012, Galdino prova que a criatividade dele não tem limites. Agora, além da bicicleta e do som, o candidato tem um luminoso em cima da bike, ostentando o número que ganhou no PSDB: 45021.

Lousa Interativa
O vereador coxa-branca Felipe Braga Cortes, após o adiamento do projeto de aumento do potencial construtivo da Arena pela Câmara Municipal de Curitiba, na sessão de terça, disse que o Atlético tem que arranjar outras garantias para a prefeitura aumentar o valor de R$ 90 milhões para R$ 123 milhões. **** Outro vereador coxa-branca também está chiando pelo mesmo motivo: o petista Pedro Paulo. **** Certo de que o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, está cheio de eleitores curitibanos, o candidato Ratinho Junior foi até a cidade da região metropolitana na terça-feira (para pedir votos ou para fazer exames de rotina). **** O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) disse que a política econômica do governo de Dilma Rousseff está penalizando o povo brasileiro e fazendo com que a recessão bata na porta do Brasil. O baixo índice de crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro prova que os governos de Luís Inácio Lula da Silva e de Dilma foram incompetentes na definição das políticas econômicas para manter o país crescendo em taxas médias satisfatórias, explica.