Entre os 50 deputados federais que mais faltaram às sessões plenárias da Câmara Federal, quatro são paranaenses. Max Rosenmann (PMDB) teve 35% de ausência; Dr. Rosinha (PT), 34%; André Vargas (PT), 26%; Cezar Silvestri (PPS), por fim, também faltou a 26% das sessões, entre janeiro e início de setembro. O levantamento foi feito pela ONG Transparência Brasil.

Ficha-suja
O deputado Barbosa Neto (PDT) é o único paranaense entre os parlamentares candidatos que responde a processo, segundo um novo levantamento de “ficha-sujas” feito pelo site Congresso em Foco, a partir de informações disponíveis nos sites do Supremo Tribunal Federal, Justiça Federal e dos tribunais de Justiça estaduais. Só no STF, Barbosa responde por crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral (peculato), e crimes contra a ordem tributária (estelionato). A assessoria do deputado respondeu ao Congresso em Foco que “nos processos discriminados em que figura como parte o deputado Barbosa Neto, é importante observar que o deputado não responde a nenhum processo quanto à sua vida pública”.


Eleições
Tiro no pé
O presidente Lula desarticulou a principal crítica da sua apadrinhada política, Gleisi Hoffmann (PT), ao prefeito Beto Richa (PSDB). A petista insiste que os recursos gastos pela atual administração com publicidade poderiam ser utilizados em outras áreas prioritárias. Reportagem de ontem do Estadão revela que o presidente aumentará de R$ 139,2 milhões para R$ 184 milhões, em 2009, os gastos com propaganda institucional e de divulgação das ações de governo. Um crescimento de 32,18% — bem acima da inflação prevista para 2008, de no máximo 6,5%.

Sucessão
O reajuste nos gastos publicitários no governo federal coincidem com a aproximação das eleições de 2010, quando o PT tentará eleger o sucessor de Lula, muito provavelmente a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Os recursos para propaganda de utilidade pública no próximo ano seguem congelados.

Na trave
A Justiça Eleitoral rejeitou ontem recurso da coligação de Gleisi Hoffmann contra a liminar que proibia a candidata de usar o bordão “Quatro anos é muito tempo”. O bordão é usado pela própria Justiça Eleitoral, em campanha publicitária de conscientização sobre o voto. O juiz Renato Lopes Paiva afirmou em seu despacho que o uso do bordão transforma a publicidade de Gleisi em extensão da publicidade do TSE, ou vice-versa.


Vazio
A votação de vetos do governador Requião (PMDB) a projetos aprovados pela Assembléia acabou sendo derrubada ontem, por falta de quórum. No final da sessão, apenas 23 parlamentares haviam registrado presença.

Tombamento
A Comissão de Constituição e Justiça da AL adiou ontem votação de parecer favorável a projeto do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que prevê o tombamento de três rios paranaenses: Tibagi, Ivaí e Piquiri. Com o tombamento, ficaria proibida a construção de usinas hidrelétricas que impliquem na implantação de barragens e mudança no curso desses rios. O mais curioso na discussão foi a reação irritada do líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), à proposta do colega de bancada. Cheida admitiu que o projeto representa uma ameaça para as obras da Usina de Mauá — no rio Tibagi — que o próprio Romanelli e o governo Requião criticavam, mas depois, mudaram de opinião sem maiores explicações.

Em alta
O deputado estadual Pedro Ivo (PT) decidiu concorrer à prefeitura de União da Vitória. Ele vai substituir Antonio Alexandre Moreira, o Toninho, que abriu mão da candidatura a prefeito para disputar a vice pela coligação PT-DEM-PV-PRB.

Em baixa
“Se o governo não fizer a dragagem, e com o traçado correto, há o sério risco de um navio encalhar”, afirmou o deputado Élio Rusch (DEM), sobre a resolução da Capitania dos Portos que restringe o acesso de navios no Canal da Galheta do Porto de Paranaguá.