LANÇAMENTOS
Fim
dos Tempos
Poucas pessoas surgiram com tanto estardalhaço em Hollywood
como o diretor indiano M. Night Shyamalan.
Mas, se por um lado, a ascensão foi meteórica, sua
queda vem sendo gradual e livre. Fim dos Tempos é o seu sexto
filme na direção e, infelizmente, o pior de todos
eles. Como todos os filmes de Shyamalan, a premissa sempre é
inteligente e interessante. Aqui, um estranho fenômeno ocorre
na Filadélfia. Uma onda de suicídios, inexplicáveis,
que atinge praticamente toda a população da cidade.
Até aí tudo bem.
Alguns contra-sensos no roteiro e um clima de “alerta global”
um pouco forçado, faz Fim dos Tempos parecer um rebelde sem
causa, com um discurso rasteiro de advertência de que o resultado
de fenômenos naturais “inexplicáveis”,
no fundo, no fundo, é resultado apenas de nossas ações.
Disponível em DVD.
Rede
de Mentiras
Leonardo Di Caprio e Russell Crowe, com Ridley Scott na direção.
Elenco de peso e diretor competente, infelizmente, não
foram suficientes para transformar Rede de Mentiras em sucesso
nos cinemas.
O tema é um pouco batido – a eterna briga de gato
e rato do FBI e de investigadores contra as redes de terrorismo.
Se não falta ação, por outro lado, um roteiro
repleto de detalhes e uma produção com quase duas
horas de duração, torna a vida do espectador cansativa.
O destaque fica aqui por conta de Leonardo Di Caprio. Se o filme
não é dos melhores, ao menos Rede de Mentiras é
uma mostra de como sua atuação evoluiu ao longo
dos anos. Aqui ele consegue ofuscar Russell Crowe o que, convenhamos,
não é pouca coisa.
Disponível em DVD.
Última
Parada 174
Última Parada 174 é um bom filme, não há
como negar. Não chega a ser um soco no estômago tão
forte quanto Tropa de Elite, nem tão inovador quanto Cidade
de Deus.
Mas é bom o suficiente para entrar em qualquer lista das
melhores produções nacionais de 2008. Seu maior triunfo
é um roteiro linear, bastante criativo e repleto de bons
pontos de virada, capazes de tornar verossímeis uma história
que, nas mãos de profissionais menos experientes, poderia
soar falsa ou forçada.
Dirigido por Bruno Barreto, a produção foi escolhida
como representante brasileira em 2008 para postular a uma vaga categoria
de melhor filme estrangeiro, mas ficou pelo caminho. Sem dúvida,
vale a pena conferir.
Disponível em DVD.
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VALE
A PENA VER REVER
Zorba
– O Grego
Zorba – O Grego é um daqueles clássicos que
não parecem perder o brilho com o passar do tempo. Pelo contrário.
A cada vez que assistimos a produção novamente ficamos
encantados com a magnífica atuação de Anthony
Quinn ou com as belas lições de vida do camponês
Aléxis Zorba.
Na história ele conhece o escritor inglês, recém-chegado
à Grécia de navio, e logo consegue um emprego para
trabalhar em uma mina abandonada. Aos poucos a relação
patrão-empregado vai ficando de lado e é na amizade
entre os dois que o escritor Basil encontra inspiração
para sua vida até então dedicada apenas aos livros
e de poucas aventuras.
Uma lição de vida e um convite a aproveitarmos cada
minutos intensamente, como se não houvesse amanhã,
de maneira simples, mas buscando a felicidade nas pequenas coisas
da vida. A produção é de 1964 e recebeu três
Oscar: melhor atriz coadjuvante, para Lila Kedrova, melhor fotografia
e melhor direção de arte. Filme obrigatório
no currículo de qualquer amante do cinema.
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por Wikerson Landim
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