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Wesley Carvalho (foto: José Tramontin / Athletico.com.br)

O técnico Wesley Carvalho vai deixar o comando do Athletico ao fim do Brasileirão, embora ainda deva permanecer no clube. Foi o que ele mesmo indicou após a vitória de 3 a 0 sobre o Santos, no domingo. Carvalho assumiu interinamente no lugar de Paulo Turra, demitido em junho. E deixa o comando com números inferiores aos do antecessor.

Sob o comando de Turra, o Athletico fez 10 jogos no Brasileirão, com 5 vitórias, 1 empate e 4 derrotas. Um aproveitamento de 53% dos pontos disputados. Com Wesley Carvalho, o aproveitamento foi de 49% – 9 vitórias, 13 empates e 5 derrotas. O time ainda enfrenta o Cuiabá, nesta quarta-feira (6); em caso de vitória, o aproveitamento subiria para 51%, ainda inferior ao de Turra.

No total da temporada, incluindo Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Estadual, Turra somou 25 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, com aproveitamento de 73%. Pesa a favor desse porcentual o título estadual de forma invicta (15 vitórias e 2 empates). Wesley disputou Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão, com 11 vitórias, 13 empates e 8 derrotas, ou 47% de aproveitamento ao todo, até agora.

Para 2024, o Athletico deverá trazer um novo treinador, ao passo que Wesley deverá ficar na comissão técnica. “O que nós temos conversado é que vão contratar outro treinador, mas vou continuar no clube. O presidente ainda vai ver a função”, disse ele, após a vitória de 3 a o sobre o Santos. “Depende mais do clube do que de mim, mas o clube reconhece o que eu tenho feito e meu compromisso”.

‘É diferente essa experiência’, diz Wesley, sobre estreia como treinador

No Athletico, Wesley Carvalho teve sua primeira experiência como treinador de um time de primeira divisão nacional. Antes disso, ele foi auxiliar técnico – está no Athletico desde o começo de 2022 e esteve também no Palmeiras, em 2018. Também foi técnico de equipes sub-20 do Vitória e do Palmeiras.

“Já tinha uma vivência dentro do futebol, mas é completamente diferente essa experiência, com a pressão externa, você ser ovacionado e também ser criticado”, disse Carvalho. “Eu acho que o mais difícil não é o conhecimento e o conteúdo, mas todo esse contexto que envolve o futebol do país e acaba sendo uma extensão da sociedade intolerante e impaciente. A gente cria uma expectativa e quando ela não acontece procuramos alguém para culpar. No futebol, esse alguém é o treinador”.