Os números alcançados pelo Coritiba no atual Brasileirão são perfeitamente compreensíveis, ou melhor, podem ser explicados pela instabilidade emocional do clube. Quando todos pensam que haverá uma boa sequência de vitorias, o que se vê é mais um fracasso monumental.
O Coritiba esta competindo da seguinte forma: em uma rodada consegue praticar um futebol bonito, tem capacidade de vencer Flamengo e São Paulo e convencer os torcedores. Em uma outra, naufraga em seus próprios erros e é derrotado pelo time reserva do Internacional.
Os torcedores querem saber como pode uma equipe de futebol oscilar tanto. Com a resposta o comandante do clube, Renê Simões, que não conseguiu ainda fazer o time jogar no mesmo padrão. Será que mais uma vez a torcida está jogando mais do que o time? Se for assim, ela pode ser considerada o seu melhor jogador?

Humilhado
A goleada na cidade de Goiânia envergonhou todos os torcedores do Paraná e deveria servir para uma reflexão mais aprofundada. Não apenas pelo jogo em si, mas pela situação atual que passa o time da Vila Capanema.
Seria um vexame a queda para a terceira divisão no ano passado. De ser motivo de chacota ao lutar de forma titânica para permanecer na elite do Estadual. O refresco para o torcedor é um desempenho pífio no início da Série B do Campeonato Brasileiro.
Deve haver algo de errado no seio do clube. Não é possível que verifiquemos um time que dispute uma partida de futebol sem alma como tem sido nas ultimas rodadas. São jogadores desprovidos de compromisso com a torcida e com o clube que paga os seus salários. Sinceramente, como profissional que trabalha diariamente as coisas do futebol, vejo nas ultimas atuações um motivo muito claro de sentir vergonha de se dizer que é torcedor do Paraná Clube.
Senhores, por favor, não deixem que, por vaidade e interesses, outros destruam um clube que possui todas as credenciais para fazer história no futebol nacional.

Regularidade
Que jogo! No domingo houve uma das melhores apresentações do time atleticano. Explorando bem as laterais e com dois atacantes rápidos, mostramos não temer o adversário. Há muito tempo todos indagam que o esquema 4-4-2, era o mais certo para a equipe.
Cada um jogou em sua posição e isso deu resultado. Jogando no seu lugar, e com ajuda dos laterais, Marcinho foi perfeito, sendo que em Porto Alegre todo mundo sabe o que aconteceu. A vitória de domingo traz esperanças à torcida atleticana, mas não pode esconder nossas limitações. Amanhã, em Santo André, esperemos que a regularidade aconteça. Não podemos mais ficar nesta gangorra, onde a cada rodada ficamos entre estar na zona de rebaixamento e no bolo para a Sul-Americana.
Quem sabe agora que Waldemar optou pelo 4-4-2, tudo não mude para melhor? Os dois próximos jogos serão fundamentais para subirmos na tabela. Com mais seis pontos, poderemos sonhar alto.
 
Contratações
Alex Mineiro e Clayton estão a caminho da Baixada, segundo vários setores da imprensa. São reforços que chegam para ser titulares. Por que demoramos tanto para contratar, se sabíamos que o Brasileirão é composto por equipes tecnicamente fortes? Boa sorte aos velhos guerreiros.
 
Personalidade
Quando conversamos, me incentivou; hoje tenta nos golpear pelas costas. Por quê?
Um Ultra abraço!

É simples: só a vitória interessa!
Os altos e baixos — mais baixos! — continuam durante a temporada 2009 do Coritiba. No ano do Centenário, poucos foram os jogos convincentes: 4×2 no AtleTiba da Baixada, 1×0 no Inter, 5×0 no Fla e 2×0 no São Paulo. No mais, jogos pouco inspirados, vitórias na raça e várias atuações decepcionantes. A derrota por 3×1 em Barueri custou caro, o Coritiba caiu na tabela, se aproxima da zona do rebaixamento e tem um jogo complicadíssimo contra o Grêmio para depois encarar o AtleTiba na Baixada.
Para vencer o Grêmio, René terá que mudar o esquema tático. Não acredito que os gaúchos joguem como Flamengo e São Paulo, indo ao ataque e dando o contragolpe ao Coritiba, que marcava na intermediária. O Grêmio joga diferente quando atua no Alto da Glória.
Com o perigoso flerte à zona do rebaixamento, vencer o time gaúcho é fundamental para depois ir à Baixada e vencer o clássico entre dois times com elencos limitados. AtleTiba é sempre assim: divisor de águas, entre céu e inferno da bola. Quero duas vitórias para voltar ao céu.
Coritiba, a torcida que nunca abandona!

À beira do precipício
Em dez rodadas (mais que metade do primeiro turno), o Paraná está na zona do rebaixamento com apenas oito pontos, menos que um por partida. Com duas vitórias e empates, mais seis derrotas, o time conquistou 27% dos pontos disputados e segue sem convencer seu torcedor, preocupado com o perigo de rebaixamento. O tricolor marcou apenas oito vezes (terceiro pior ataque, menos de um gol por partida), sofreu dezoito (a terceira pior defesa), tem saldo de dez gols negativos e está a dez pontos da última equipe que voltará à primeira divisão em 2010.
Em dez partidas, foram cinco expulsões, talvez recorde na divisão. A má fase coincide com o aniversário de vinte anos clube.
Mas de quem é culpa pelo momento paranista?
A rotatividade no comando técnico (só em 2009 já foram quatro) é prova cabal das más escolhas feitas para a função. Além disso, lembremos que em 2008 foram utilizados 82 atletas, o que prova a má escolha do elenco e a falta de planejamento.
Se treinadores, membros da comissão e atletas são dispensados por alegada carência técnica, por que não atuam os dirigentes paranistas com o mesmo critério com os (ir)responsáveis pelo futebol do clube face aos recorrentes maus resultados?
A qualidade do elenco e comissão vem refletindo a capacidade de quem o seleciona e contrata.
O tricolor está à beira do abismo e pelo jeito seus dirigentes vão cumprir a promessa de dar um passo à frente.
Teu destino é vitória!