Em fevereiro, uma força tarefa unificada dos agentes de combate à dengue e dos agentes comunitários de saúde de Tibagi vai visitar 100% dos domicílios tibagianos, verificando situações que favoreçam a proliferação do mosquito. De acordo com o coordenador de Vigilância Sanitária de Tibagi, Vanclei Assis dos Santos, é importante ressaltar que não há casos da doença em Tibagi. “Temos confirmação de focos do mosquito, o que reforça a importância dos cuidados para prevenção da contaminação em nosso município. O calor e a chuva contribuem para o desenvolvimento do mosquito, pontua. Outra preocupação é o grande número de visitantes durante os meses de verão, atraídos pelas belezas naturais e pelos esportes de aventura em Tibagi e pelas festividades do Carnaval. “Pedimos aos tibagianos que recebam os agentes de saúde que visitam suas casas, pois temos tido muitos casos em que os agentes são impedidos de vistoriar as residências, o que pode gerar focos não identificados do mosquito, enfatiza.

A Prefeitura mantém durante todo o ano o trabalho de pesquisa e monitoramento do município com visita regular as casas dos tibagianos. “Hoje temos seis agentes da Dengue que fazem quatro ciclos de visitas a mais de 5 mil domicílios durante o ano. Eles identificam depósitos de água parada, coletam possíveis focos para análises e fazem o trabalho de orientação junto a comunidade, detalha Vanclei.

Com o aumento no número de casos de dengue no Paraná, as autoridades de saúde alertam para a importância do diagnóstico e tratamento precoce dos pacientes com suspeita da doença. População deve ficar atenta aos sintomas característicos e procurar atendimento de saúde o mais rápido possível.

O primeiro sintoma da dengue geralmente é a febre, que aparece de 5 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. “Trata-se de um recado que o corpo passa dizendo que há algo errado com o organismo. É nesse momento que o paciente deve buscar a unidade de saúde mais próxima, explica o médico infectologista da Secretaria Estadual da Saúde, Enéas Cordeiro.

A febre pode vir acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular, dor atrás dos olhos e mal-estar geral. “A recomendação é que a pessoa não se automedique em hipótese alguma. Analgésicos, por exemplo, podem aliviar a dor e dar a sensação de cura, mas na realidade só mascaram a situação, pois o vírus continua atuando e o quadro pode se agravar ainda mais, disse o infectologista.

O uso de anti-inflamatórios também é contraindicado. O medicamento pode causar hemorragia digestiva em pacientes com dengue. “É importante que o médico seja informado sobre o histórico de saúde da pessoa com suspeita da doença. Se tem alguma doença crônica pré-existente ou toma algum tipo de medicamento diferente do prescrito, afirma Cordeiro.

NÚMEROS – Nesta terça-feira (19), a Secretaria Estadual da Saúde divulgou um novo boletim com a atualização do número de casos de dengue registrados no Paraná. Desde agosto do ano passado, 2.203 casos da doença já foram confirmados, sendo que dois moradores de Paranaguá morreram em decorrência de complicações da dengue.