Curitiba tem pelo menos um caso confirmado de zika vírus neste ano. Trata-se de uma mulher, residente na região central de Curitiba, e que esteve há poucos dias no Rio de Janeiro – portanto, um caso importado. A confirmação foi feita nesta sexta-feira (5). O zika vírus é responsável pelo surto de microcefalia no País.

Felizmente não se trata de paciente gestante, o que não traz desdobramentos. Ela já foi tratada adequadamente e todas as ações de bloqueio no entorno da residência já foram realizadas. Mas isso nos faz um alerta, pois outros pacientes doentes irão chegar à cidade e por isso precisamos manter Curitiba livre do Aedes Aegypti, disse o secretário de Saúde, Cesar Titton. Em 2015, Curitiba registrou dois casos de zika vírus, ambos também importados, registrados em pacientes homens.

Já o número de casos confirmados de dengue esta semana quase dobrou, em comparação com o boletim anterior, do dia 29 de janeiro. Agora já são 106 casos, todos eles importados. Quase metade dos pacientes infectados passou por Paranaguá (51 casos). Ao longo de todo o ano passado, foram 242 casos – três deles autóctones. Este ano, até agora, não foi registrado nenhum caso autóctone – em que a contaminação ocorreu na própria cidade.

Com relação à febre chikungunya, Curitiba não registrou nenhum caso neste ano. No ano passado foram dois.

O secretário explicou que, apesar de todos os casos de dengue e zika registrados até agora serem importados, é preciso intensificar ainda mais as medidas preventivas. Temos que combater o mosquito para evitar que ele encontre as pessoas infectadas, e assim impedir que transmita a doença para outras pessoas, explicou.

De acordo com Titton, toda vez que um caso é confirmado, as equipes de saúde realizam bloqueios no entorno da residência da pessoa infectada, verificando a existência de possíveis focos em todos os domicílios e estabelecimentos comerciais. A cada foco encontrado, o raio do bloqueio é ampliado. Como o prefeito pediu durante a reunião, vamos manter a transparência na divulgação do número de casos da doença, pois este é um importante alerta à população, afirmou.

Combate

Por determinação do prefeito Gustavo Fruet, a Prefeitura de Curitiba vai instalar, a partir da próxima semana, uma sala de comando central contra o Aedes, para coordenar e monitorar todas as ações realizadas na cidade para combater o mosquito Aedes aegypti. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (5), durante reunião da Ação Integrada contra o Aedes, que reúne diversos órgãos municipais. O encontro teve também a participação de representantes das Forças Armadas, que a partir de agora reforçarão o trabalho que as secretarias municipais estão realizando, começando com uma ação educativa que deverá colocar nas ruas de Curitiba 3 mil homens do Exército e da Aeronáutica.