O Ministério Público do Paraná lança, na próxima sexta-feira (12), das 08h30 às 12h, o programa Mata Atlântica em Pé – ação que promete localizar os principais focos de desmatamento da floresta no Paraná – promovida nos últimos dez anos – e inibir novas práticas de degradação. O evento é gratuito, aberto ao público e vale como horas curriculares a universitários. O MP já firmou parcerias com o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), Polícia Ambiental e Instituições que trabalham em prol da conservação da biodiversidade. O objetivo é estancar as ações de desmatamento.

O evento é organizado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo (CAOPMAHU), que também assume a tarefa de coletar informações sobre os danos e seus responsáveis. Nossos esforços estão absolutamente concentrados nas tarefas de estancar a degradação e contribuir para que os espaços mais prejudicados recuperem o status de conservação original. A Mata Atlântica já foi muito prejudicada. É a última chance de agir, defende o promotor de justiça, Alexandre Gaio.


Obra de Poty Lazzarotto e que faz referência à Floresta com Araucária, que faz parte do Bioma Mata Atlântica

O tamanho da devastação
O Paraná foi um dos estados que mais degradou Mata Atlântica nos últimos 30 anos, sendo responsável por um quarto de tudo o que foi derrubado do bioma no Brasil. Foram 1.887 milhão de hectares desmatados. Entre 2014 e 2015, 1.988 mil hectares de florestas nativas foram degradados no estado, um aumento de 116% em relação a 2014, cujo volume era de 921 hectares. Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Desse volume, 89% – ou 1.777 mil hectares – se referem ao desmatamento da Floresta com Araucária. Hoje, restam somente 3% dos remanescentes que abrigam a Araucaria angustifolia, espécie ameaçada de extinção e conhecida também árvore símbolo do Paraná. Distribuída por 17 estados do país, a Mata Atlântica ocupa 16 milhões de hectares. Originalmente, o bioma cobriu mais de 131 milhões de hectares de território nacional.

Porto de Paranaguá instala contentores de lixo em comunidades ilhadas
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) instalou 14 contentores de lixo em seis comunidades ilhadas da Baía de Paranaguá. Os contentores de resíduos foram instalados nas comunidades de Teixeira, Europinha, Eufrasina, Piaçaguera, Amparo e São Miguel que, juntas, geram cerca de 10 toneladas de lixo todos os meses.

O objetivo é oferecer à população uma estrutura adequada, com capacidade de armazenamento de lixo superior ao volume gerado, visando a destinação correta dos resíduos. Cerca de 410 famílias serão beneficiadas diretamente pelo projeto. As equipes de educação ambiental da Appa também irão orientar os moradores sobre a importância da correta separação dos diferentes tipos de materiais. Outra importante informação que será levada aos moradores é para evitar a queima do lixo, prática ainda muito comum na região, mas que além de ser prejudicial ao meio ambiente e à saúde, é ilegal.

Detran prensa 150 toneladas de peças de veículos para reciclagem
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) vai prensar e reciclar 150 toneladas de peças de veículos para reciclagem. As peças de veículos que vão para reciclagem estavam paradas há cerca de 10 anos na Polícia Civil. Com esse trabalho, o Detran deseja reduzir o impacto ambiental gerado pelos veículos, abrir mais espaço para os veículos apreendidos e impedir o uso indevido de peças, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

Os veículos que vão para reciclagem são aqueles que não podem ter peças reaproveitadas, como o caso da sucata ou materiais inutilizáveis sem identificação ou sem possibilidade de qualquer regularização junto ao órgão executivo estadual de trânsito.

Jogos Olímpicos 2016 impulsionam indústria da reciclagem
Para o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos, o Brasil está recebendo cerca de 350 mil turistas. Estas pessoas estão consumindo 6 mil toneladas de alimentos, que gerarão mais de 17 mil toneladas de resíduos, entre eles o alumínio. Por conta da grandeza do evento, o Comitê Organizador Rio 2016 está divulgando os benefícios da sustentabilidade.

No Portal Rio 2016 (www.rio2016.com), constam informações sobe o ciclo de vida de todos os tipos de materiais para gerar menos impacto e ampliar a reciclagem dos resíduos. Também foi criado um programa para geração de renda através da reciclagem, reduzindo a quantidade de resíduos enviados à aterros sanitários. Outro fator interessante é que a tocha olímpica foi feita totalmente com alumínio reciclado.

Líder no mercado brasileiro de reciclagem de metais, o Grupo ReciclaBR, acredita que neste ano de 2016 haverá um aumento de 10% no volume total de compra de sucata e de reciclagem. O sistema de coleta de latas de alumínio no Brasil é referência mundial e além disso, gera renda e emprego para mais de 800 mil pessoas, de acordo com dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).