Pexels – A Escrita Afetiva é um processo de humanização de comunicação.

Quando falo sobre Escrita Afetiva talvez muitas pessoas acreditem em ser algo fora do alcance, muito elaborado ou até um estranhamento em não saber a respeito. A Escrita Afetiva é um braço da Comunicação Afetiva, na qual criei um processo que envolve humanização na relação do escrever, com propósito de autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e reconhecimento das emoções.

O fato é, qualquer um pode escrever? Sim, qualquer pessoa que queira escrever, saindo daquele espaço sólido de que a escrita é para poucos. É uma forma de expressão que fez o homem se reconhecer como tal. Seus registros sobre o que vivia, ou melhor, como contou sua história através dos tempos.

Muito se fala hoje de termos como: narrativas, roteiros, copy e storytelling, que são mecanismos, ferramentas de contar uma história com técnicas diferentes. E eu digo pela minha experiência: cada qual tem uma digital, única e mágica de escrever.

A Escrita Afetiva nasceu de um auto reconhecimento da escrita como minha melhor habilidade. A primeira vez que me reconheci como uma pessoa legítima e autêntica foi pela escrita. Aos 12 anos escrevia sonetos num caderno e depois avancei para contos e novelas, estimulada pela minha imaginação, pelas aulas de Versificação e Literatura de Português, gosto da leitura e especialmente porque me dava prazer.

No decorrer da vida, escolhi o Jornalismo e a maior parte da trajetória foi por trabalhos em jornais, pela escrita mesmo. Blocos de anotações e tec tecs em teclados de inúmeras redações e assessorias. Muita técnica e por vezes, muito coração. Quando havia essa mistura certa, o texto era um primor.

Maturidade – Então na maturidade dessa jornada, desenvolvi a Escrita Afetiva como forma de compartilhar com as pessoas que elas podem se reconhecer nesse exercício, que desenvolve a memória muscular, a percepção das palavras, comunicação clara, autoconhecimento e estímulo à criatividade. Um texto é uma assinatura: do seu ponto de vista, daquilo que forma você, do seu repertório e de como faz o ponto de acesso com quem o lê.

A escrita está na mensagem de seus aplicativos, no post it, no bloco, papelzinho que improvisa uma anotação ou mensagem, nos documentos que assina, nos cartões comemorativos, nas fichas que preenche, na sua vida. O quanto você presta atenção no poder das palavras, na intenção delas e no conjunto da harmonia que formam a mensagem?

No começo desse ano criei  Workshop de Escrita Afetiva – Criação da Bio, um tripé com três perguntas que pode ser usado para formação de personas, personagens e autoconhecimento que uso na Psicanálise Integrativa.

Insegurança – Em qualquer atividade e escolha da vida é natural que surja o medo e a insegurança. São emoções legítimas, entretanto, não precisam ser elas as nossas guias. Não se tem a pulsão da escrita em si, mas do limite da exposição. Isso nos faz recuar da escrita, o auto-julgamento, em vez de senso crítico, a validação alheia e a comparação desigual com quem admiramos.

Por isso, recomendo inspiração em vez de idolatria, admiração em vez de paixão, opinião em vez de sentença.

Muitas pessoas não vão gostar do que você escreve e vão opinar a respeito. Outras tantas gostarão e vão se manter caladas. E as demais não gostarão e dirão o contrário e vice-versa. 

Então pegue seu caderno, pois a escrita manual é a primeira forma de legitimar o seu “como”, descreve-se, escreva-lhe, as letras estão no mundo para se juntarem em forma de palavras e elas em escrita, a sua, única, personalizada e criativa.

 

*Ronise Vilela é criativa de Comunicação Afetiva, Jornalista, Escritora e Psicanalista Integrativa.

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