Franklin de Freitas

Os advogados da família de Raquel Genofre, Daniel Gaspar e Bruna Bahls, foram até Sorocaba, em São Paulo, para tentar agilizar a  transferência do assassino Carlos Eduardo dos Santos para que ele possa prestar depoimento em Curitiba e a secretaria de Segurança possa fazer a reconstituição do crime. Ele está preso na Penitenciária de Sorocaba, condenado por outros crimes desde 2016.  Os advogados Daniel Gaspar e a  Bruna Bahls, viajaram a cidade de Sorocaba (SP) na noite de domingo (22). 

Segundo assessoria de imprensa do escritório Daniel da Costa Gaspar – Advogados Associados. as conversas são para que a Vara de Execução Penal responsável pela aplicação da pena do aprisionado garanta a  transferência de Santos o mais breve possível, visto a gravidade dos fatos e da descoberta. Os advogados estão trabalhando para oferecer denúncia criminal contra o suspeito nas próximas semanas.  A família de Raquel Genofre espera que o Sr. Carlos Eduardo dos Santos vá ao banco dos réus e que a justiça seja feita com a aplicação de pena exemplar a altura da gravidade do crime que ficou mais de uma década sem respostas.

Onze anos depois, a secretaria de Estado de Segurança Pública anunciou na última quinta-feira (19) a identificação do assassino da menina Raquel Genofre. O corpo da menina, então com nove anos, foi encontrado dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba em 5 de novembro de 2008 e teve grande repercussão nacional. O suspeito é Carlos Eduardo dos Santos, hoje com 54 anos. Ele está preso na Penitenciária II de Sorocaba, em São Paulo,  desde 2016 e tem uma ficha policial extensa. Foi condenado a 22 anos de prisão por estelionato, estupro, roubo e falsificação de documento. Os crimes ocorreram em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A elucidação do crime foi possível graças a comparação do DNA encontrado no corpo de Raquel com o do assassino no Banco Nacional de Perfil Genético, mantido pelo Ministério da Justiça. A integração da base de dados entre Paraná, São Paulo e Brasília permitiu a identificação. A identificação ocorreu depois de um match genético de 23 características entre 23 possíveis, garantindo 100% de certeza de que o homem é o autor do crime. 

O caso

O corpo da menina Raquel foi encontrado seminu e com vestígios de violência sexual às 2h30 da madrigada dentro de uma mala por um indígena que circulava na Rodoferroviária. Ninguém sabe como a mala chegou ao local, porque as câmeras de segurança instaladas no ponto não estavam funcionando. Para a polícia, a menina foi  raptada enquanto seguia pelo trajeto que liga o colégio no qual estudava ao ponto de ônibus.