Divulgação – Comissu00e3o de senadores

Em visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, ontem, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) afirmou que o MDB terá que decidir entre não ter candidato à Presidência da República ou escolher o ex-minitro da Fazenda, Henrique Meirelles, para a disputa pela legenda. A pré-candidatura anunciada pelo senador Roberto Requião (MDB) está fora do debate segundo Renan, que fez duras críticas a Meirelles. 
“A candidatura de Meirelles ficaria muito bem para o Banco de Boston, para a presidência da Febraban, jamais para presidente da República. Meirelles não é originário do PMDB. Ele é originário da JBS, é um candidato do sistema financeiro”, ironizou. 
Para Renan, o MDB tem mais chances de não perder espaço se não lançar candidato à presidência. “No dia 2 nós teremos uma disputa entre não ter candidato, que foi a postura que nós adotamos em 2006, que foi o momento que o PMDB mais cresceu em sua história, elegeu vários governadores e retomou o crescimeno no Congresso, e a candidatura de Meirelles”, afirmou.  
Aluguel – Questionado sobre se sua visita representaria apoio a Lula como candidato, Renan disse que tem direito a participar da visita, mesmo sendo suplente na comissão. “Eu apoio como candidato. O PMDB tem outras lideranças que apoiam outros candidatos. O fundamental é que no dia 2 (data da convenção) nós estejamos juntos para impedir essa candidatura de Meirelles que é transformar nossa legenda, apesar das dificuldades todas que ela já enfrentou, numa legenda de aluguel. Temos que nos preocupar em reconstruir o PMDB no pós-Michel Temer que é um governo tenebroso, com resultados terríveis”, disse. 
Para o emedebista, a prisão de Lula é política e a visita seria uma cobrança pelo devido processo legal. “Para cobrarmos que esse processo siga o rito da legalidade, da constitucionalidade. Tenho ceteza que não está seguindo. O entendimento do Supremo é de que você pode em determinados casos antecipar o cumprimento da pena. E não obrigatoriamente como o Tribunal Regional da 4ª Região fez. Lula é um preso político e mais do que nunca sua presença crescente nas pesquisas é a certeza do povo brasileiro de que isto está acontecendo”, afirmou. 
Vontade – A comissão de senadores foi composta também por Jorge Viana (PT), Roberto Requião (MDB), Edison Lobão (MDB) e Armando Monteiro (PTB). Requião disse que Lula espera ter suas apelações atendidas nas côrtes superiores. “Quanto ao presidente Lula, nós encontramos uma vontade inquebrantável acredidanto em sua inocência e esperando que suas apelações sejam julgadas como consequência de sua liberação”, disse Requião. 
Edson Lobão disse que Lula escolheu estar preso. “Ele poderia ter tido uma outra direção. Não, ele quer que provem que ele é culpado. Até que isso aconteça ele é inocente”, disse.