A partir das 21h50 desta quarta-feira (30), o Atlético-PR entra em campo contra o Grêmio para fazer história. As duas equipes fazem o jogo de ida na busca por uma vaga na final da Copa do Brasil. Para o Furacão, chegar à decisão da competição seria inédito. Para o Grêmio, seria mais uma final – mais precisamente, a sétima. Os Imortal Tricolor foi campeão em 1989, 1994, 1997 e 2001, e vice em 1991, 1993 e 1995.

E na disputa entre a tradição copeira gremista e a emergente força atleticana, a expectativa é de, pelo menos, muita vontade em campo. Todos por onde passam querem ficar marcados por alguma coisa positiva. Nós conseguimos nos marcar na história do Atlético passando para a semifinal. Mas sabemos que podemos ir mais longe, só depende de nós, destaca o meia Zezinho.

Se o Atlético-PR explora novos mares, há no grupo rubro-negro quem possa passar tranquilidade aos mais novos. O zagueiro Luiz Alberto foi campeão da Copa do Brasil em 2007, com o Fluminense. O próprio Zezinho já levantou a taça, em 2010, no Santos. Roger, em 2008, pelo Sport, e o treinador Vagner Mancini, em 2005 com o Paulista – seu primeiro título como técnico – completam a lista dos copeiros do Furacão. E não se deve esquecer ainda o lateral-direito Jonas, que jogou as duas últimas finais da Copa do Brasil pelo arquirrival Coritiba.

Grêmio tem morrido na praia

Apesar da tradição copeira, o Grêmio não tem dado sorte nos últimos anos em que disputou a Copa do Brasil. A última vez em que a equipe esteve na final foi em 2001. Desde então, a equipe chegou duas vezes até a semifinal da competição, em 2010 e 2012. Acabou sendo eliminado por Santos e Palmeiras, respectivamente. As duas equipes paulistas, inclusive, viriam a se sagrar campeões. Bom presságio?

Tabu de seis anos

Para conseguir chegar à inédita final da Copa do Brasil, o Atlético-PR terá ainda de superar um tabu de seis anos sem vencer o Grêmio. A última vitória dos paranaenses foi em outubro de 2007, na Arena da Baixada, por 2 a 0, gols de Michel e Ferreira.

Desde então, foram 10 confrontos pelo Campeonato Brasileiro, com seis vitórias para o Grêmio e quatro empates. Foram 17 gols para os gaúchos e apenas quatro para os paranaenses, com direito a três goleadas: 4 a 0 em setembro de 2011, 4 a 1 em julho de 2009 e 3 a 0 em junho de 2008.

Desfalques 

A escalação do Atlético é mistério para hoje. O atacante Marcelo e o lateral-esquerdo Pedro Botelho não conseguiram se recuperar de lesões e foram vetados para o confronto com o Grêmio. No ataque, as opções são Dellatorre e Douglas Coutinho. Na lateral-esquerda, o técnico Vagner Mancini pode escalar Juninho ou Maranhão. 

Já atuaram por outros clubes na edição 2013 da Copa do Brasil – e por isso não podem defender o Atlético – o atacante Roger, o volante Bruno Silva e o lateral-esquerdo Rodrigo Biro.  O zagueiro Manoel e o meia Paulo Baier, poupados contra o Bahia, voltam ao time.

Já no Grêmio, os desfalques são os atacantes Barcos, Kleber e Vargas, suspensos. Assim, Renato Gaúcho terá como opções para o ataque os jovens Yuri Mamute, Lucas Coelho e Paulinho.

Em Curitiba

Atlético
Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Juninho (Maranhão); Deivid, João Paulo, Everton e Paulo Baier; Dellatorre (Douglas Coutinho) e Ederson. Técnico: Vagner Mancini

Grêmio
Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Adriano, Riveros, Ramiro e Alex Telles; Yuri Mamute e Lucas Coelho. Técnico: Renato Gaúcho

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Local: Vila Capanema, quarta-feira às 21h50