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O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) aumentou a vantagem na liderança na corrida presidencial, segundo levantamento do instituto Datafolha, divulgado na noite desta segunda-feira (10). Bolsonaro tem 24% de intenções de voto, 11 pontos porcentuais acima do segundo colocado, Ciro Gomes (PDT), que está com 13%.

No levantamento anterior do Datafolha, de 22 de agosto, Bolsonaro tinha 22% de intenções de voto e estava cinco pontos porcentuais acima de Marina Silva (Rede), que na época era a segunda colocada.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira é a primeira feita após o atentado a Bolsonaro. Na quinta-feira, ele foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Teve que passar por uma cirurgia de emergência e depois foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado.

No atual levantamento, há um empate técnico entre os segundos colocados. Ciro Gomes tem 13%, seguido por Marina Silva (11%), Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%, e Fernando Haddad (PT), com 9%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Vice da chapa inscrita pelo PT com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente, Haddad deve ser indicado como seu substituto nesta semana. O Tribunal Superior Eleitoral vetou a candidatura de Lula e estabeleceu prazo até esta terça (11) para que o PT o substitua. O nome de Lula, que apareceu à frente nos levantamentos anteriores do Datafolha, não foi incluído desta vez nos cartões.

A pesquisa ainda citou Henrique Meirelles (MDB) com 3% e Alvaro Dias (Podemos), com 3%, Os outros candidatos têm 1% ou menos.

O Datafolha entrevistou 2.804 eleitores de 197 municípios nesta segunda (10). A pesquisa foi realizada em parceria com a TV Globo. O primeiro turno das eleições está marcado para 7 de outubro, daqui a quatro semanas.

Evolução

Em relação à pesquisa anterior, Bolsonaro, Ciro e Haddad tivera evolução na intenção de voto. O primeiro foi de 22% apara 24%. Ciro avançou de 10% para 13%, o suficiente para assumir o segundo lugar. E Haddad, que antes estava com 4%, foi para 9%. Henrique Meirelles também teve alta, de 2% para 3%.

Por outro lado, Marina Silva perdeu seis pontos porcentuais – estava com 16% e caiu para 11%. Álvaro Dias caiu de 5% para 3%. Geraldo Alckmin, por sua vez, manteve os 10% da pesquisa anterior.

Rejeição

O novo levantamento mostra que Bolsonaro é o candidato com maior rejeição hoje. Segundo o Datafolha, 43% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum no capitão reformado do Exército. A resistência é maior entre as mulheres (49%), entre os mais jovens (55%), entre eleitores com curso superior (48%) e no Nordeste (51%).

A alta rejeição explica o mau desempenho de Bolsonaro nas simulações feitas pelo Datafolha para o segundo turno da disputa. De acordo com os cenários estudados, ele perderia para Alckmin, Marina e Ciro e chegaria à segunda rodada da eleição empatado com Haddad se ela fosse realizada hoje.

A pesquisa mostra também que a vantagem de seus adversários sobre ele em algumas dessas simulações aumentou. Se o segundo turno fosse hoje, Alckmin e Marina teriam 43% no confronto com Bolsonaro, Ciro alcançaria 45% e o capitão oscilaria entre 34% e 37%.

A disputa seria mais acirrada se Bolsonaro chegasse ao segundo turno com Haddad. Se fosse hoje, o candidato petista teria 39% e seu adversário, 38%.

A pesquisa está registrada no TSE com o número: BR 02376/2018. O nível de confiança é de 95%.